A Delegacia de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, investiga um incêndio ocorrido na sede da Reserva Ambiental Nascentes do Rio Açungui. O fogo começou durante a madrugada desta terça-feira (23) e a Fundação Tavares Ferreira, que mantém a área, acredita em uma ação criminosa.

Carlos Ferreira é diretor da entidade e lamenta o ocorrido. “Olha como nosso trabalho terminou. São 22 anos de história e agora está tudo perdido. A situação não foi feia, foi muito feia”, lamenta.

O ambientalista descreve que a Polícia Científica foi até o local na manhã desta quarta-feira (24).

Ele acredita que o incêndio foi uma retaliação pelo trabalho realizado pelo grupo no local. “Fizemos várias denúncias de pessoas que poderiam estar agindo ilegalmente aqui”, descreve Ferreira.

A reserva Nascentes do Rio Açungui existe há mais de 20 anos e atualmente ocupa 95% da propriedade da fazenda, sendo um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica com Araucária. Além disso, possui bioma preservado com mais de 230 nascentes catalogadas. No local já existem 3,5 mil matrizes de árvores catalogadas para pesquisas.

Em nota, a Polícia Civil informou que está apurando o caso e aguarda laudos periciais a fim de estabelecer a dinâmica do fato.