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Secretário da Saúde diz que os antivacinas são os mesmos que falam que a terra é plana: “Temos de combater”

Fala do secretário acontece em um momento em que a vacinação se mostra fundamental no Paraná para frear o vírus, como a Influenza A e o vírus sincicial respiratório (VSR).
Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. Foto: Divulgação/SESA
Fala do secretário acontece em um momento em que a vacinação se mostra fundamental no Paraná para frear o vírus, como a Influenza A e o vírus sincicial respiratório (VSR).

Redação Nosso Dia

23/05/25
às
20:53

- Atualizado há 24 segundos

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Xô, terraplanistas! O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, demonstrou não ter paciência com aqueles que são contra a ciência. “O pessoal que defende esse movimento antivacina é o mesmo que fala que a terra é plana. E nós temos que combater isso, (…). Somos frutos da vacinação dos últimos 40 anos no Brasil, que tem um belo programa de vacinação. Precisamos vencer isso, conscientizando as pessoas, os pais, as mães, fazer com que a vacina realmente, efetivamente, chegue até o cidadão,” disse ele, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (23), em Londrina, no Norte do Estado.

A fala do secretário acontece em um momento em que a vacinação se mostra fundamental no Paraná para frear o vírus, como a Influenza A e o vírus sincicial respiratório (VSR). Desde o início da campanha de vacinação da gripe, o Paraná aplicou 1.929.196 doses. Nos grupos prioritários, a cobertura atual é de 36,5%. Entre as crianças, a taxa é de apenas 27,2%, abaixo da meta de 90%.

“Estamos vendo uma circulação intensa desses vírus em todo o Paraná. A Influenza A representa hoje cerca de 20% dos casos, e o VSR, que tem atingido com gravidade crianças pequenas, chega a 30% das amostras analisadas. O momento é crítico e exige resposta rápida”, defendeu o secretário.

Vacinação

Segundo Beto Preto, a vacinação é a estratégia primária, seguida de combate às informações falsas. “A vacinação não é só contra a Influenza, nós temos vacinas contra o sarampo, a tríplice viral, nós temos vacinas na criançada de 14, 15 anos contra o HPV, e o Paraná vai bem nessa vacinação. Nesse momento, é vacinar e combater as informações equivocadas e falsas. Alguns personagens conhecidos até começam a falar sobre isso, atrapalhando o trabalho sério da vacina, dos profissionais de saúde”, critica.

Além disso, Beto Preto pede que os paranaenses tomam cuidado e evitem aglomerações. “Quem puder, prefira estar num ambiente mais arejado, aquelas orientações que a gente sempre dá nesses momentos em que está chegando o frio”, completa.

Para alcançar um maior número de pessoas, a Sesa está orientando os municípios a intensificar a vacinação extramuros, levando as equipes a locais de grande circulação, como feiras, escolas, igrejas e centros comerciais. “É a vacina fora da sala de vacina. É ir até onde o povo está. Essa é a nossa missão”, disse o secretário.

Dados

No último ano, o número de casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (Srags) era de 8.304. Em 2025, no mesmo período, o número registrado é de 8.273. Mesmo com menos casos registrados, a gravidade das infecções aumentou. “Em 2024, perdemos quatro crianças menores de 12 anos por síndrome respiratória aguda grave. Agora, já são 11 vidas perdidas. São números que nos entristecem e nos mobilizam”, alertou.

O Paraná tem cerca de 4,7 milhões de doses da vacina contra a gripe disponíveis, mas pouco menos da metade foi aplicada até agora. “Já usamos quase 2 milhões de doses. Ainda temos 2,7 milhões em estoque. A vacina é segura, gratuita e fundamental para evitar complicações e internações”, destaca Beto Preto.

Ao contrário de estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, o Paraná ainda não precisou decretar situação de emergência em saúde pública por conta das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (Srags).

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