Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui. Siga o Nosso Dia no InstagramFacebook e Twitter

PUBLICIDADE

Em um dia de incertezas nas escolas estaduais do Paraná, com muitos pais em dúvida se levam as crianças às aulas, o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, afirmou que a APP Sindicato faz terrorismo e está preocupada em perder membros. A declaração foi dada na manhã desta segunda-feira (3) no Jornal da Manhã, da Jovem Pan Curitiba.

Miranda afirmou que o projeto de lei Parceiros da Escola, que prevê a terceirização da gestão administrativa das escolas do Paraná e deve ser votado nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), é alvo de ataques infundados. Afirmou ainda que a APP Sindicato, que representa os professores, está preocupada em perder membros com a contração por meio de CLT prevista no programa.

"Nada muda aos estudantes. O que acontece é um terrorismo, porque o sindicato não aceita perder membros. O projeto garantirá até uniformes gratuitos. A gente vê fakes news e mentiras de que os estudantes terão que pagar mensalidade. O projeto não prevê isso", afirmou o secretário.

PUBLICIDADE

Na entrevista, Roni Miranda disse que a orientação do Governo do Paraná é para que os pais levem os alunos às escolas, destacando que o movimento grevista é ilegal. "Em caso dos alunos serem impedidos de entrarem na escola, os pais devem entrar em contato com a ouvidoria, relatando que é o professor, pois ninguém pode ser impedido. Quem faz isso, inclusive, está descumprindo uma decisão judicial", lembrou.

O secretário se referiu a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná que proibiu a greve e estabeleceu multa diária de R$ 10 mil a APP Sindicato, que apesar disso manteve o movimento grevista previsto para esta segunda-feira e por tempo indeterminado.

Como funciona

Sobre o programa Parceiro da Escolas, que já funciona em uma escola de Curitiba e outra em São José dos Pinhais, o secretário destacou que a intenção fazer o diretor focar em questões educacionais. "Hoje, o diretor precisa fazer toda a questão de manutenção, que é repassada pelo fundo rotativo, como comprar material de limpeza, questões administrativas e serviços. Tudo isso é responsabilidade do diretor, sobrando muito pouco tempo para a parte pedagógica. Toda a parte administrativa, o diretor segue sendo a autoridade máxima, como fiscal do contrato, fazendo a solicitação do reparo"", disse.

Ainda, Roni Miranda falou sobre as 200 instituições inicialmente escolhidas para receber o programa. "Nós temos três critérios: abandono acima da média, IDEB baixo e o terceiro são escolas que poderiam ter IDEB melhor pelo meio em que estão inseridas. Será feita uma consulta pública, onde a comunidade vai votar e escolher. Nos colégios em que o projeto está em andamento, há grande aprovação, porque o diretor tem mais tempo para cuidar do pedagógico e realizar atividades no contraturno", concluiu.

PUBLICIDADE