- Atualizado há 2 semanas
A sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) nesta segunda-feira (25) foi palco de intensos debates sobre as investigações da Polícia Federal (PF) que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro em um suposto esquema para desestabilizar a democracia brasileira. Durante a discussão, o deputado estadual Arilson Chiorato (PT) protagonizou uma fala ao responder às críticas do também deputado Ricardo Arruda (PL), um dos principais aliados de Bolsonaro no estado.
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“Se prenderem Bolsonaro, o Brasil vai parar. Vai parar mesmo. Serão três dias de carnaval fora de época para comemorarmos a justiça feita pelo que ele e seus aliados fizeram de mal ao povo brasileiro”, disparou Chiorato, arrancando aplausos de parte do plenário, no início do seu discurso, o deputado petista cantou a música com a frase: “Tá na hora do Jair, tá na hora do Jair, ir pra jaula…”
A fala de Chiorato foi uma reação às declarações de Arruda, que havia subido à tribuna momentos antes para minimizar a gravidade das acusações e criticar os apoiadores do Governo Federal. “O que estamos vendo aqui é a instrumentalização das instituições para perseguir um ex-presidente que apenas fez o melhor pelo país. Não há provas concretas, apenas uma narrativa criada para esconder o desastre que é o governo Lula”, afirmou Arruda, classificando as investigações como “um teatro político”.
Ao rebater, Chiorato defendeu o papel das instituições e destacou que as provas reunidas pela PF indicam claramente a tentativa de golpe. “Não se pode minimizar algo dessa gravidade. Estamos falando de um plano para atacar a democracia brasileira, para silenciar lideranças políticas e transformar o Brasil em uma ditadura. Isso é crime, e quem participou deve ser punido.”
O caso em questão envolve denúncias de um esquema elaborado para destituir o governo democraticamente eleito e atentar contra a vida de lideranças nacionais, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. A PF já identificou 37 envolvidos, incluindo 25 militares.
Chiorato reforçou que não se pode subestimar a tentativa de golpe. “Golpe não é algo que se trata com leveza. Se não agirmos agora, estaremos abrindo um precedente para que isso volte a acontecer. Justiça é o mínimo que podemos exigir para proteger o futuro da democracia no Brasil.”
O embate entre os dois deputados evidenciou novamente a polarização política que marca o cenário nacional e estadual. Enquanto a base bolsonarista insiste em classificar as investigações como perseguição política, os aliados do governo Lula veem nos desdobramentos uma chance de consolidar o fortalecimento institucional.
Arruda encerrou sua fala ironizando as declarações de Chiorato: “Quem deveria responder à Justiça são aqueles que roubaram o país por décadas e tentam posar de defensores da democracia. Essa narrativa não cola mais.”
Por sua vez, Chiorato voltou a criticar os apoiadores do ex-presidente, afirmando que muitos vivem em uma “bolha de desinformação”. “O desespero de quem defende Bolsonaro é evidente. Eles sabem que as provas contra ele e seus aliados são robustas. A justiça será feita, e o povo brasileiro terá motivos para comemorar.”