- Atualizado há 11 horas
Com o aumento do fluxo nas estradas devido à temporada de verão, casos de saques a cargas de caminhões acidentados têm sido registrados com maior frequência ao longo das rodovias. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) reforça que essa prática é criminosa, sujeitando os envolvidos a penas de prisão e multa.
Independentemente de os produtos estarem espalhados na pista ou o caminhão ter sido abandonado, a conduta é considerada furto, com pena de reclusão de um a quatro anos. Se praticado em grupo, o crime pode ser enquadrado como furto qualificado, com pena de até oito anos de prisão.
“Subtrair objetos que não pertencem ao saqueador, mesmo que estejam temporariamente na via, configura furto e prejudica pessoas ou empresas”, explicou o delegado André Feltes, da Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas da PCPR.
Investigações em andamento
A PCPR investiga todos os casos de saque, que podem evoluir para inquéritos policiais. Mesmo quando as autoridades não conseguem chegar ao local a tempo, os envolvidos podem ser responsabilizados por meio de denúncias, depoimentos e imagens divulgadas em redes sociais. Um exemplo recente é a investigação do saque de cinco toneladas de carnes em um acidente na região de Realeza. Placas de veículos presentes no local estão sendo identificadas para localizar os responsáveis.
Outros crimes associados
Além do furto, a prática de saques pode envolver crimes mais graves, como roubo, caso o veículo seja danificado para acesso à carga. A pena nesses casos varia de quatro a dez anos de prisão. Omissão de socorro é outro crime frequentemente relacionado, com pena de detenção de até seis meses. “A movimentação desordenada pode dificultar o acesso das equipes de resgate, agravando a situação das vítimas”, destacou Feltes.
A compra de produtos saqueados também é crime, classificado como receptação, com pena de um a quatro anos de prisão.
Orientações para testemunhas
Em caso de acidentes, a PCPR recomenda acionar imediatamente a polícia e os serviços de resgate, priorizando o socorro às vítimas. Fotografar ou filmar a ação de saqueadores, anotar placas de veículos e reportar denúncias contribuem para as investigações.
Quem suspeitar da origem ilícita de um produto deve registrar um Boletim de Ocorrência. As autoridades reforçam a importância de manter a segurança nas estradas e colaborar para coibir práticas criminosas.
Canais de Contato
O anonimato é garantido e as informações são mantidas em sigilo pelas autoridades.