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Robinho foi transferido para um presídio em Limeira, no interior de São Paulo, nesta segunda-feira. Ele estava desde março de 2024 no Centro Penitenciário Tremembé II, também localizada no interior do Estado e que ficou conhecido como a “prisão dos famosos”. O ex-jogador do Santos e da seleção brasileira cumpre condenação da Justiça da Itália a nove anos de reclusão pelo estupro de uma mulher em uma boate de Milão. Ele nega a acusação.
A informação foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Robinho deu entrada no Centro de Ressocialização de Limeira ainda pela manhã. Segundo a SAP, a transferência foi feita após pedido da defesa do ex-jogador.
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Durante o período em que ficou preso em Tremembé, o ex-jogador concluiu um curso profissionalizante Eletrônica Básica, Rádio e TV. Robinho também participava do Clube da Leitura e praticava atividades físicas regulares com os demais internos. Em vídeo divulgado recentemente pelo Conselho Comunidade de Taubaté, o ex-atleta declarou não ter nenhum tipo de benefício e contou receber visitas da mulher e dos filhos aos finais de semana.
“A alimentação, o horário que durmo, é tudo igual aos outros reeducandos. Nunca comi nenhuma comida diferente, nunca tive nenhum tratamento diferente. Na hora do meu trabalho, faço tudo aqui que todos os outros reeducandos também são possíveis de fazer”, disse.
Após a prisão de Robinho, a defesa do jogador fez de tudo para tirá-lo da prisão. Os advogados viram as fichas acabarem em setembro, quando a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou um embargo contra a homologação de pena do ex-jogador.
Em agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para votar a favor da manutenção do ex-jogador em regime fechado. A Corte analisou um recurso da defesa, que pedia a suspensão do cumprimento da pena imposta pela Justiça italiana no Brasil. O pedido era pela revisão de um habeas corpus já negado anteriormente no STF. Agora, a defesa de Robinho estuda recorrer ao STF para tentar reduzir a pena do ex-jogador.
Robinho foi condenado por estupro de uma jovem albanesa, na Itália, em 2013, quando atuava pelo Milan. O caso aconteceu em uma boate italiana, e outros cinco amigos do ex-jogador também estavam envolvidos. Um deles, Roberto Falco, também está preso. Outros quatro não foram julgados.
Na Itália, Robinho tentou recorrer da decisão da Justiça, mas foi condenado nas três instâncias. A última – e definitiva – foi em 2022. Nesta época, ele já tinha retornado ao Brasil. Por conta disso, o Ministério de Justiça da Itália fez um pedido de extradição ao Brasil, ou seja, que o governo enviasse o jogador de volta para a Itália. Como o País não extradita cidadãos brasileiros, a Justiça italiana pediu, então, que a sentença de nove anos de prisão fosse cumprida no Brasil.