- Atualizado há 6 horas
Em uma blitz educativa na manhã desta quarta (7), ciclistas sentiram na ‘pele’ os ‘pontos cegos’ nos ônibus biarticulados do transporte coletivo de Curitiba. Eles foram colocados no banco do motorista do coletivo e confirmaram que a visibilidade não é possível em determinados pontos.
O ciclista Gabriel dos Santos Lopes foi o primeiro a participar da atividade e confirmou a existência dos ‘pontos cegos’. “A gente consegue ver que o motorista não enxerga mesmo, então é importante se conscientizar para não usar a canaleta”, disse o jovem.
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O ciclista Remaildo Jesus, de 49 anos, também percebeu a dificuldade que os motoristas têm devido aos ‘pontos cegos’. “Quando a gente está de bicicleta não tem noção do perigo que passa e dos ‘pontos cegos’ que os ônibus têm. Não dá para andar na canaleta. A gente não tem noção de como realmente é difícil. Por isso é importante cada vez ter mais ciclovias para os ciclistas”, disse.
A diretora da Escola Pública de Trânsito de Curitiba, Melissa Puertas Sampaio, explicou que o ‘ponto cego’ é uma das causas de vários acidentes de trânsito, pois limita a visão do motorista. “O ‘ponto cego’ impede que o motorista enxergue outros veículos, em especial motocicletas e bicicletas, e principalmente pedestres, que são os usuários mais vulneráveis, por isso a importância de não utilizar a canaleta.” afirmou.
Adesivos
Os ônibus do transporte coletivo de Curitiba passaram a ganhar adesivos de sinalização nos chamados ‘pontos cegos’ – áreas onde o motorista, mesmo usando espelho retrovisor, não consegue detectar outros veículos ou pedestres que se aproximam. O superintendente de Trânsito de Curitiba, Bruno Pessuti, ressaltou a importância da orientação nos ônibus.
“Reforçando que não apenas os ônibus da canaleta receberão o adesivo do ‘ponto cego’, mas todos os 1.500 ônibus receberão ao longo do tempo esse adesivos, demonstrando às pessoas a importância de cuidado com o transporte coletivo, do cuidado com a sua segurança. Então, essa ação de educação no trânsito é importante para mostrar à população que se coloca em risco de que as pessoas não devem ficar nas canaletas”, falou.