
- Atualizado há 16 horas
O deputado estadual Requião Filho (PDT) criticou, nesta segunda-feira (8), as movimentações políticas que tentam impedir Sergio Moro de disputar o governo do Paraná por vias jurídicas ou decisões internas de partidos, após o racha da federação entre União e PP. Segundo ele, a retirada de um adversário antes do início da campanha enfraquece a democracia e impede que a população faça sua escolha de forma plena.
Requião Filho, possível candidato da esquerda ao governo, afirmou que a vitória política legítima deve ocorrer no voto. “Há quem celebre ou torça fervorosamente para que Sergio Moro seja impedido de disputar as eleições por vias estritamente jurídicas ou burocráticas. Apostar todas as fichas na retirada do adversário antes do apito inicial é um erro estratégico e antidemocrático”, disse.
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Para ele, somente a vontade popular é capaz de superar definitivamente as ideias e o legado representado por Moro. “A verdadeira superação não ocorrerá por meio de uma inelegibilidade decretada em gabinetes, mas pela rejeição clara e soberana da população.”
O parlamentar também direcionou críticas ao governo Ratinho Júnior, afirmando que o grupo político no poder estaria interessado apenas na manutenção de cargos e na eliminação de adversários competitivos. “A direita governista quer eliminar qualquer chance que contraponha quem já está no poder. Nós não devemos temer o enfrentamento político. Queremos a disputa no campo das ideias, no contraditório e na comparação de projetos”, declarou.
Segundo Requião, o Paraná precisa discutir desenvolvimento, emprego, renda e qualidade de vida, e não afastar candidaturas antes do debate público. “O grupo que está no poder está agarrado com unhas e dentes na estrutura do Paraná. Seu projeto não é de ideias, mas de manutenção de poderes para manter tudo como está, sem avançar.”
Requião Filho defendeu ainda que Moro participe da disputa caso esteja legalmente apto. “Que o Moro seja candidato, se a lei assim permitir. Não buscamos atalhos, buscamos a legitimidade de uma vitória conquistada no corpo a corpo com a sociedade”, afirmou. Ele destacou que impedir candidaturas fortalece narrativas de perseguição e prejudica a democracia. “A democracia se fortalece quando os opostos se enfrentam à luz do dia, permitindo que o eleitor julgue, compare e decida.”
O deputado encerrou dizendo que a oposição confia na força de seus argumentos e na capacidade de convencer a população na urna. “Nossa aposta é na esperança de um futuro melhor, superando o adversário onde realmente importa: na cabine de votação, com a força do desejo do povo.”