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Ratinho Jr. dá data limite para acordo sobre pedágio com Governo Lula; entenda a polêmica

A decisão tomada pela equipe de Lula de cancelar a assinatura da concessão, marcada para sexta-feira, causou estranheza e é hora de se ter uma decisão concreta sobre o tema, afirmou o líder de Ratinho Junior na Alep
A decisão tomada pela equipe de Lula de cancelar a assinatura da concessão, marcada para sexta-feira, causou estranheza e é hora de se ter uma decisão concreta sobre o tema, afirmou o líder de Ratinho Junior na Alep

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

07/03/23
às
7:44

- Atualizado há 2 anos

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Após o cancelamento da assinatura do termo para a liberação das delegações das rodovias estaduais para a nova concessão do pedágio por parte do Governo Federal, o tema foi o centro das atenções na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) nesta segunda-feira (6). O líder do governo, o deputado estadual Hussein Bakri (PSD), disse na tribuna que o governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Junior, vai esperar apenas até o fim de março para um acordo com Luiz Inácio Lula da Silva.

O encontro em Curitiba para a assinatura da concessão estava marcado para a última sexta-feira (3), com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho, porém foi cancelado em cima da hora. A decisão tomada pela equipe de Lula causou estranheza e é hora de se ter uma decisão concreta sobre o tema, afirmou o líder de Ratinho Junior na Alep.

“Os principais atores do pedágio são o presidente Lula e ministro dos Transportes. Uns gostaram do novo modelo, outros não, mas ele foi construído. Disseram que mexeram no aporte, que estava ainda melhor e que viriam para cá na sexta-feira, mas foi cancelada a assinatura. Nós esperamos que se tenha uma decisão”, afirmou deputado.

Em seguida, Hussein Bakri falou sobre a decisão do governador Ratinho Junior, que estipulou o fim de março como uma data limite para o acordo. “Essa decisão cabe única e exclusivamente ao Governo Federal. É necessário que eles se decidam se são a favor ou contra o modelo colocado. Se for a favor, tocamos o modelo com os ajustes que o ministro fez. Se for contra, a União fica com suas rodovias e o Paraná com as suas, o que ninguém quer”, pontuou.

Deputado estadual Hussein Bakri (Foto: Divulgação)

Neste caso citado pelo parlamentar, o Governo Federal teria a responsabilidade sobre a concessão das rodovias federais, enquanto o Governo do Paraná pelas estaduais, o que poderia trazer uma forma de cobrança diferente de pedágio dentro do estado.

O imbróglio

O principal imbróglio para a concessão do novo pedágio está no modelo proposto. Enquanto o Governo do Paraná quer uma tarifa com garantia de obras, o Governo Federal defende uma tarifa de manutenção, com aporte financeiro para novas obras vindo por meio de cauções no tesouro nacional, o que reduziria em até R$ 12 a tarifa, segundo o presidente da Frente Parlamentar do Pedágio no Paraná, o deputado Arilson Chiorato (PT).

Ontem, Chiorato e o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD), que também faz parte da Frente do Pedágio, estiveram reunidos em Brasília com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para debater sobre o tema do pedágio.

Encontro entre deputados estaduais e líderes do governo do PT em Brasília (Foto: Divulgação)

“O ministro foi muito receptivo e ficou sensibilizado pelos apontamentos técnicos que reforçam a necessidade de revisão do modelo defendido pelo governador Ratinho Junior, que prevê 15 novas praças, 35 anos de contrato e tarifas mais caras que antes. Precisamos ter cautela e tratar do assunto com muita seriedade, pois os próximos 35 anos estão em jogo. Não podemos falhar com o povo do Paraná!”, afirmou Chirorato sobre o encontro.

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