- Atualizado há 1 dia
Amigos e familiares Jenyffer Soares Brau Kruczkievicz Gardini, de 19 anos, realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (3) no Parque das Águas, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi encontrada morta na última quinta-feira ( 27) em Paranaguá, no Litoral, após ter sido vista pela última vez no Balneário Praia de Leste, em Pontal do Paraná. O pai da jovem, Ricardo Issac Gardini, disse que a família está muito abalada com o caso e quer o ‘monstro’ responsável pelo assassinato preso.
“Eu e a minha esposa estamos muito abalados. A gente acorda e vê a caminha dela ali vazia e é difícil. O que fizeram com ela, desconfiguraram o rosto dela. Era para ser um enterro com caixão lacrado, mas a funerária conseguiu fazer a maquiagem e fizemos um velório digno. Quero que esse monstro seja preso”, disse.
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Segundo o pai, Jenyffer nunca deu nenhum tipo de problema para a família. “Menina excelente, sem problemas com vício e com drogas. Era muito querida no que fazia, seja na igreja, na Prefeitura de Pinhais ou na academia (onde trenava muay thai). A gente está aqui para clamar por Justiça. Ela foi parcialmente queimada, comida por animais. Hoje eu quero clamar por Justiça e é por isso que viemos aqui”, afirmou o pai.
De acordo com Ricardo, a família mora no bairro Alto Tarumã, em Pinhais, e a filha não tinha contado que iria para Pontal do Paraná na última terça-feira (25). “Ela chegou do mercado com a mãe e 18h30 disse que ia pra igreja, mas estava pensando em ir pra praia. Pegou uma carona de aplicativo até Praia de Leste e ficou lá, até quando perdeu contato com quem estava falando. A partir deste momento, não sei o que aconteceu. Tenho familiares em Pontal, mas ela não chegou a ir lá. Não sei porque ela escolheu esse local”, contou.
Conforme o pai, nos últimos dias a jovem vinha meia cabisbaixa por problemas profissionais. “Minha filha desde pequena queria fazer o melhor. Queria ser perita criminal, ia começar a faculdade. Ela se cobrava demais. Foi jovem aprendiz na Renault e queria crescer mais. Queria sair da Renault para crescer mais e depois se arrependeu, então ela vinha meio cabisbaixa”, revelou.
Por fim, o pai pediu para ler uma carta que fez à filha, que você pode conferir no vídeo abaixo:
“Menina especial”
Muitos amigos ex-colegas de trabalho de Jenyffer participaram do ato no Parque das Águas. Maria Eduarda de Menezes, de 19 anos, era amiga dela há 15 anos. “Nos conhecemos na creche e sempre fomos amigas e unidas. Tenho muitas lembranças com ela. Extrovertida, amava tirar fotos. Pessoa amorosa e simpática. Gostava de demonstrar o amor e não merecia esse fim. Por isso, nós estamos aqui protestando”, falou.
Tânia Valci Ferreira, responsável pelo Centro da Juventude de Pinhais, ressaltou a ótima convivência de dois anos que teve com Jenyffer. “Ela fez parte do nosso curso de formação e foi nossa estagiária, além de jovem aprendiz. Menina super dedicada, responsável e gentil. Tratava todas as pessoas igual e procurava ajudar a todos. No tempo que foi jovem aprendiz, se não tivesse demanda, ela procurava o que fazer. Só elogios a Jeniyffer. É o que tenho a dizer dela”, enfatizou.
Ainda, Tânia pediu por respostas o quanto antes sobre o caso. “A gente precisa de respostas. Como mulher, me sinto insegura e preciso saber o que aconteceu. Viemos aqui para abraçar a família e cobrar respostas sobre o que aconteceu”, concluiu.