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Publicitário suspeito de deixar mala com corpo da namorada já foi condenado por matar a própria mãe

Ricardo Jardim, de 65 anos, foi preso nesta sexta-feira, 5, suspeito de ter assassinado a namorada
O publicitário Ricardo Jardim, de 65 anos. Segundo o diretor do Departamento de Homicídios, delegado Mario Souza, o suspeito do crime dominava técnicas de corte. Foto: Reprodução/TV Globo
Ricardo Jardim, de 65 anos, foi preso nesta sexta-feira, 5, suspeito de ter assassinado a namorada

Estadão Conteúdo

06/09/25
às
9:25

- Atualizado há 1 dia

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O publicitário suspeito de assassinar e esquartejar a namorada em Porto Alegre já foi condenado a 28 anos de prisão por matar e concretar o corpo da própria mãe, segundo a Polícia Civil.

O crime aconteceu em 2015 e três anos depois o acusado foi considerado culpado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e meio cruel, ocultação de cadáver e posse ilegal de arma. Durante o processo, ele negou o homicídio e admitiu apenas ter escondido o corpo.

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Ricardo Jardim, de 65 anos, foi preso nesta sexta-feira, 5, suspeito de ter assassinado a namorada, esquartejado o corpo e deixado uma mala com partes da vítima em um armário da rodoviária de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Anteriormente, ele já havia deixado as pernas e braços da vítima em sacos de lixo, em outra região da cidade. A cabeça da mulher ainda não foi encontrada. A reportagem tenta contato com a defesa de Jardim.

Regime aberto por falta de vaga

Segundo a polícia, Ricardo Jardim deixou a prisão em janeiro de 2024 para cumprir a pena em regime aberto devido à falta de vaga no sistema prisional do Estado. Ele deveria se apresentar para colocar tornozeleira eletrônica, mas não o fez e foi considerado foragido da Justiça.

O crime aconteceu em 2015, no bairro Mont’Serrat, na capital gaúcha. A mãe dele tinha 76 anos na época e foi assassinada com 13 facadas. O corpo dela foi concretado na parede, dentro de um armário do apartamento em que ela morava. Jardim nunca admitiu ter matado a mãe.

Ele disse que ela teria sido morta por outra pessoa e ele apenas ‘sepultou’ o corpo no imóvel. A investigação excluiu a possibilidade de outra pessoa ter cometido o assassinato.

Técnica de cortes

O delegado Mario Souza, que investiga o caso atual, disse em entrevista coletiva que o publicitário é um homem frio e inteligente, que também dominava técnicas de cortes com precisão. Ele conheceu a namorada, uma mulher que trabalhava como manicure, em Porto Alegre, durante estadia em uma pousada. Depois do crime, ele tentou usar os cartões de crédito e movimentar contas bancárias da vítima.

Celulares e um notebook apreendidos com o suspeito mostram que ele monitorava as ações da polícia em relação ao encontro das partes do corpo. O crime aconteceu no dia 9 de agosto. No dia 13, foram encontrados os restos que estavam em sacos de lixo, no bairro Santo Antônio, zona leste da capital gaúcha. Sete dias depois ele deixou a mala com o dorso da mulher em um guarda-volumes da rodoviária.

Crime da mala

O delegado Souza acredita que o publicitário tentou imitar o ‘crime da mala’, um caso famoso que ocorreu em SP em 1928. O imigrante italiano Giuseppe Pistone assassinou a esposa, Maria Féa, no bairro da Luz, sufocando-a com um travesseiro. Para se livrar do corpo, ele usou uma navalha e seccionou as partes para que coubessem na mala.

O crime foi descoberto porque o assassino decidiu despachar a mala de navio para um endereço falso, em Bordeaux, na França. Quando a bagagem era içada a bordo do navio no Porto de Santos, ela sofreu um impacto que abriu uma fresta, deixando sair o mau cheiro. Condenado a 31 anos de prisão, ele teve a pena comutada para 20 e foi libertado em 1948. A mala está exposta no Museu do Crime da Polícia Civil, em São Paulo.

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