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Projeto de lei quer proibir verbas públicas para compra de alimentos do MST em Curitiba

O Poder Executivo não deve compactuar com organizações que buscam vantagens por meio de atos criminosos”, argumenta o autor
Os restaurantes populares fazem parte das políticas de segurança alimentar de Curitiba, objeto do projeto em disucussão na Câmara. (Foto: Hully Paiva/PMC)
O Poder Executivo não deve compactuar com organizações que buscam vantagens por meio de atos criminosos”, argumenta o autor

Redação*

15/04/25
às
7:19

- Atualizado há 10 horas

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A Câmara Municipal de Curitiba analisa um projeto de lei que proíbe a utilização de verbas públicas para a compra de alimentos produzidos pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Proposta pelo vereador Eder Borges (PL), a medida pretende impedir que produtos provenientes de assentamentos ligados ao movimento sejam adquiridos pela administração municipal. “O Poder Executivo não deve compactuar com organizações que buscam vantagens por meio de atos criminosos”, argumenta o autor.

De acordo com o texto, fica vedada a destinação de qualquer valor do orçamento público municipal para a aquisição de alimentos oriundos do MST. O projeto determina que essa proibição se estenda tanto a compras diretas quanto a contratações indiretas, como via cooperativas ou empresas intermediárias. Caso aprovada, a norma entrará em vigor na data da sua publicação, sem período de transição. Com isso, contratos firmados a partir da vigência da lei deverão excluir alimentos identificados como produzidos por unidades vinculadas ao MST.

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Na justificativa da proposta, Eder Borges cita trechos do site oficial do movimento para caracterizar a origem da produção como consequência de ocupações de terra. Segundo ele, essas ações podem se enquadrar no artigo 150 do Código Penal, que trata de invasão de propriedade. “É de competência federal que as tratativas sobre a reforma agrária sejam efetivas, para, então, a partir da legitimidade jurídica, poderem contrair vantagens lícitas”, afirma.

O projeto de lei foi protocolado em fevereiro e já recebeu parecer favorável à sua tramitação por parte da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Atualmente, está em análise na Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania, Segurança Pública e Minorias, que deverá emitir novo parecer antes de eventual votação em plenário.

*Com informações da Câmara de Curitiba

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