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Professora morta em SP: ex-mulher é presa suspeita de ser mandante do assassinato

A motivação ainda é investigada - entre as hipóteses, estão o término do relacionamento ou o dinheiro do seguro
Professora foi assassinada (Foto: Redes Sociais)
A motivação ainda é investigada - entre as hipóteses, estão o término do relacionamento ou o dinheiro do seguro

Estadão Conteúdo

09/05/25
às
18:07

- Atualizado há 19 segundos

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A veterinária Fernanda Loureiro Fazio, ex-mulher da professora Fernanda Reinecke Bonin, encontrada com sinais de estrangulamento no dia 28 próximo ao Autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo, foi presa nesta sexta-feira, 9.

Segundo a Polícia Civil, ela é suspeita de ter mandado matar a companheira. A motivação ainda é investigada – entre as hipóteses, estão o término do relacionamento ou o dinheiro do seguro. A veterinária, que teve a prisão decretada pela Justiça, foi presa no escritório de seu advogado – segundo a polícia, ela não tinha intenção de se entregar.

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A reportagem não conseguiu contato com a defesa da veterinária. Em depoimentos prestados à polícia, Fernanda Fazio negou envolvimento na morte da ex.

Outros três homens – Rosemberg Joaquim de Santana, Ivo Rezende dos Santos e João Paulo Boulquin – e uma mulher, cuja identidade não foi revelada, também são suspeitos de participar do crime, registrado como feminicídio. A polícia pediu também a prisão de mais dois dos suspeitos.

A polícia ainda está investigando como se deu a ligação da Fernanda com os executores. Até agora, eles apuraram que Rosemberg, (que atuava como uma espécie de faz-tudo dela, teria acionado os demais envolvidos.

João Paulo já foi detido e Ivo segue foragido. As defesas não foram localizadas.

Carro encontrado e imagens de câmeras de segurança

O caso teve desfecho após a prisão de um homem, flagrado por câmeras de monitoramento abandonando o carro da professora em uma rua perto do autódromo, no mesmo dia em que o corpo foi achado. Ele estava na companhia de uma mulher.

A polícia chegou à identidade dele através das impressões digitais colhidas no veículo. O suspeito confirmou ter deixado o carro no local, mas negou a participação no crime.

No interior do veículo, a polícia apreendeu uma faca, possivelmente usada para render Fernanda, e o celular de um dos filhos do casal sem o chip. O material foi encaminhado para perícia. Imagens das câmeras mostram o itinerário feito pelo casal após sair do veículo.

A mulher que acompanhava o homem que foi preso ainda não foi localizada. A perícia não identificou problemas no automóvel.

Como o crime ocorreu

Fernanda Bonin, de 42 anos, era professora de matemática em uma escola particular e tinha se separado da veterinária Fernanda Fazio, com quem convivera durante oito anos.

Nesse período, o casal teve dois filhos usando técnicas de reprodução assistida. Há cerca de um ano, as duas se separaram. Porém, segundo a veterinária, elas faziam terapia de casal na tentativa de se reconciliarem.

Na noite de 26 de abril, segundo depoimento dado à polícia, Fernanda Fazio ligou para a professora pedindo ajuda, pois seu carro havia parado, com pane mecânica, na Avenida Jaguaré, na zona oeste. Ela levava as crianças para a casa da ex, quando teve o problema no carro. Em seguida, ela passou sua localização para a ex-companheira.

Câmeras de segurança mostram Fernanda descendo sozinha pelo elevador e deixando o prédio ao volante de seu veículo, uma SUV Tucson prata.

O corpo da professora foi encontrado com sinais de estrangulamento em um terreno baldio, na Avenida João Paulo da Silva, no bairro Vila da Paz, próximo ao Autódromo de Interlagos Ela estava com a roupa que vestia ao sair de casa e sinais de estrangulamento, como um cadarço enrolado no pescoço.

Em seus depoimentos, Fernanda Fazio contou que, meia hora depois, seu carro voltou a funcionar e, como não conseguiu novo contato com a ex-mulher, foi até o apartamento dela.

A portaria informou que Fernanda Bonin não estava em casa. Algumas contradições nos depoimentos da veterinária a colocaram inicialmente como averiguada no caso. Após a prisão do homem que estava com o carro da vítima, ela passou a ser tratada como suspeita.

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