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Um professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) é acusado de matar uma cadela da raça Pinscher com uma pancada na cabeça. O caso aconteceu na tarde de quinta-feira (19) no bairro Recreio da Serra, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, na frente de uma criança de doze anos.

Em entrevista ao Portal Nosso Dia, a cunhada da tutora da Pinscher de nome Cereja, Lucimara Lima, contou que o caso aconteceu quando a família passeava com ela e outra cão idoso. “Em determinado momento, elas (cunhada e criança de 12 anos) encontraram o vizinho, professor da UTFPR, e o cão dele da raça Akita. Ele sempre carrega um porrete de madeira e a cereja latiu para o cachorro, mas não foi para cima dele em momento nenhum. Então, ele pegou o porrete e bateu na cabeça da cachorrinha, que na hora caiu desmaiada”, contou.

Ainda de acordo com Lucimara, o professor tentou agredir o outro cão que estava com a cunhada e a filha, mas não conseguiu. “Naquele momento, minha cunhada e sobrinha falaram: ‘Olha o que você fez com a cachorrinha’ e então ele disse: ‘cuide dos seus cachorros’. Após isso, foi embora e continuou a caminhada. As duas correram desesperadas para uma veterinária, mas em pouco tempo a Cereja acabou morrendo”, lamentou.

Após a morte, a cunhada de Lucimara fez um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Piraquara, que vai investigar o caso. O laudo da morte de Cereja, ao qual o Portal Nosso Dia teve acesso, confirma que a causa foi traumatismo craniano. “Nós queremos justiça e que ele responde pelo o que fez. Não há justificativa para isso”, disse Lucimara.

O caso teve repercussão na cidade de Piraquara e o prefeito, Josimar Fróes, emitiu uma nota de repúdio e cobrou Justiça. “Recebi com profunda indignação a notícia de um ataque covarde que vitimou uma cadela da raça Pinscher, em frente a uma criança. Ficamos estarrecidos com a atitude, que não é característica dos moradores da nossa cidade. Maus tratos aos animais é crime e esperamos que o caso seja apurado para a responsabilização do envolvido com o devido rigor da lei”, destacou o prefeito.

Sobre o caso, a UTFPR, universidade em que o professor trabalha, emitiu a seguinte nota:

“A UTFPR recebe com a indignação a informação sobre a denúncia de maus tratos a um animal, que teriam sido cometidos por um servidor da instituição. Por se tratar de um ato praticado fora da Universidade, a apuração do ato deve ficar a cargo das autoridades externas competentes. De todo modo, a Instituição se põe à disposição dessas autoridades para prestar os esclarecimentos necessários“, diz a nota.

O Portal Nosso Dia não conseguiu localizar a defesa do professor acusado pela morte de Cereja. O espaço permanece aberto caso queira se manifestar.