- Atualizado há 2 anos
Pai e filho foram presos acusados pelo crime de Rozélia Caldas, 50 anos, morta a tiros, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. José Dirceu Caldas, ex-marido da vítima, e Jonatas Caldas, o enteado, foram encontrados em uma pensão, em Curitiba, e se mantiveram calados. Os dois responderão por feminicídio qualificado. A motivação do crime é o fim do casamento de Rozélia e Dirceu, somado ao início de um novo relacionamento entre ela e um homem, morador de Curitiba.
O delegado de Araucária, Eduardo Krüger, garantiu à imprensa que a divulgação da foto dos dois acusados ajudou a polícia na descoberta do paradeiro deles.
“Recebemos uma denúncia de onde eles estariam e, em conjunto com a Polícia Militar, conseguimos encontrá-los. Não houve resistência, eles já estavam esperando porque havia uma informação de que eles iriam se apresentar”, conta o delegado.
Os dois optaram por procurar um pensionato, no bairro Tatuquara, e receberam orientações de advogados. “Eles estavam sem local para ficar porque todas as casas a polícia já tinha ido, então resolveram ir a um pensionato, desde domingo. Os dois já estavam orientados por advogados e optaram por ficar em silêncio”, detalha Krüger.
Segundo a polícia, o plano de Dirceu e Jonatas era praticar o crime em São José dos Pinhais. Mas, algo deu errado. “A ideia era que os dois indivíduos participassem do crime, levando a vítima para São José dos Pinhais. Contudo, o José Dirceu não acompanhou o Jonatas, a vítima conseguiu escapar ali em frente a Refinaria, onde ele foi atrás e efetuou os disparos”, detalha o delegado.
Não há informações sobre o motivo de Dirceu ter desistido de ir junto com o filho. Além disso, a polícia ainda não sabe o que efetivamente motivou Rozélia a parar o carro no acostamento da Rodovia do Xisto. No entanto, o delegado fala em chantagem. “O José Dirceu exercia um domínio sobre ela, e ela com medo acabava caindo nisso. Ela sabia que era o Jonatas que iria entrar no carro dela”, disse.
Segundo a polícia, o rastreador no carro de Rozélia facilitou a prática do crime. “Ele sabia exatamente onde ela estava. Instalou há três meses e a Rozélia desconfiava. Mas ele disse que tinha tirado o aparelho”, finaliza o delegado.
De acordo com as informações da polícia, Rozélia e um homem estavam dentro de um Chevrolet Ônix, estacionados na marginal da Rodovia do Xisto (BR-476), em frente ao portão principal de acesso à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar). O crime aconteceu na madrugada do dia 8 de janeiro.
Testemunhas disseram aos policiais que a passageira desembarcou do carro, gritando por socorro. Nesse momento, o motorista correu atrás dela e efetuou dois disparos de arma de fogo contra o peito e a cabeça de Rozelia.
Logo depois, o atirador embarcou no carro e fugiu. Uma ambulância do Siate chegou a ser acionada para iniciar o atendimento, mas ela já estava morta.