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Presidentes de sindicatos são presos suspeitos de desvio R$ 3,6 milhões de contribuições no PR

A ação, que contou com o apoio da Polícia Civil da Bahia, cumpriu sete mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária
(Foto: PCPR)
A ação, que contou com o apoio da Polícia Civil da Bahia, cumpriu sete mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária

Redação*

26/06/24
às
6:55

- Atualizado há 6 meses

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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu três pessoas nesta terça-feira (25) durante uma operação que desmantelou uma associação criminosa responsável pelo desvio de aproximadamente R$ 3,6 milhões de contribuições de funcionários da saúde de hospitais e clínicas privadas em Londrina e região. A ação, que contou com o apoio da Polícia Civil da Bahia, cumpriu sete mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária.

Entre os presos estão os presidentes de dois sindicatos, um patronal e outro laboral, além de um terceiro indivíduo. As prisões ocorreram em Londrina e Porto Seguro, na Bahia, onde o presidente do sindicato laboral foi detido. A investigação revelou que, por meio de convenções coletivas de trabalho, foi estabelecida a obrigatoriedade de desconto de até 20% do valor do vale-alimentação dos funcionários para subsidiar um auxílio assistencial. Esses valores deveriam ser transferidos ao sindicato laboral para cobrir os custos dos serviços assistenciais.

No entanto, a empresa contratada pelo sindicato laboral para oferecer esses serviços é uma corretora de propriedade do presidente do sindicato patronal e de um terceiro, que também é alvo de mandado de prisão. A PCPR descobriu que, entre janeiro de 2016 e março de 2023, a empresa recebeu 860% a mais do que deveria. Enquanto as despesas identificadas junto a uma grande seguradora somavam R$ 300 mil, a corretora do presidente do sindicato patronal recebeu aproximadamente R$ 3,6 milhões do sindicato laboral.

Durante a operação, foram apreendidos celulares, mídias em geral e documentos. Além dos mandados de prisão e busca, a PCPR também conseguiu o bloqueio de valores nas contas dos investigados e, se necessário, o sequestro de veículos e imóveis.

Segundo o delegado da PCPR Thiago Vicentini de Oliveira, a investigação, iniciada no final de 2022, desmantelou uma organização criminosa formada por representantes de sindicatos patronal e laboral. “Detectamos um superfaturamento que corresponde a 860% acima daquilo que a empresa deveria ganhar. A grande parte desse valor foi destinada aos cofres do proprietário da empresa e também presidente de um dos sindicatos”, afirmou Oliveira.

Os suspeitos presos estão sob investigação por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. “Os próximos passos são analisar esses documentos e itens apreendidos durante a operação”, acrescentou o delegado.

A operação visa garantir que os recursos destinados ao auxílio assistencial sejam utilizados de forma correta e transparente, protegendo os direitos dos trabalhadores da saúde de Londrina e região.

*Com informações da Polícia Civil

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