- Atualizado há 1 ano
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O diretor-presidente da Via Araucária, concessionária que administra a BR-277 (no trecho Curitiba/interior), Sérgio Santillan, atribuiu, entre outras coisas, o alto movimento de feriado e a baixa adesão ao sistema de pagamento automático (por TAG) para as intensas filas registradas na praça de pedágio de São Luiz do Purunã, em Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba. Em entrevista na manhã desta terça-feira (9), ele ainda descartou, por enquanto, um aumento no número de cancelas no trecho de engarrafamento.
Santillan, responsável pela empresa do Lote 1 do pedágio, participou na manhã desta terça-feira de uma reunião chamada pela Comissão de Obras da Assembleia Legislativa do Paraná, para prestar esclarecimentos sobre o início do novo pedágio no Paraná. Representantes da EPR Litoral Pioneiro, que administra o Lote 2, onde está o trecho da BR-277 de Curitiba a Paranaguá, também estiveram presentes.
Ao ser questionado sobre o motivo das filas registradas em São Luiz do Purunã, Santillan enumerou alguns pontos.
“A fila aconteceu no pior feriado do ano em movimento, que é a Páscoa. Tivemos um número significativo de veículos e o usuário não está preparado para o início da cobrança. Estamos fazendo as correções necessárias para que o pedágio esteja em pleno funcionamento”, afirmou.
Apesar do que disse o representante da Via Araucária, uma semana antes do feriado de Páscoa, em um fim de semana normal, grandes filas foram registradas e as cancelas abertas em vários momentos. Também na entrevista, Santillan apontou que outro ponto que está causando isso é a não adesão a forma de pagamento automática por parte do usuário.
“A adesão ao sistema automático está muito baixa e um dos mecanismos para diminuir a fila é aumentar as TAGs”, disse o presidente, para em seguida descartar um aumento nas cabines de cobrança. “É cedo, porque as filas foram no feriado. É ainda precipitado pensar nisso, mas estamos avaliando”, disse.
Na entrevista, o Portal Nosso Dia questionou Santillan sobre um número maior de veículos passando pela rodovia do que o estimado no leilão, o que poderia até trazer uma tarifa reduzida. O diretor-presidente da Via Araucária foi taxativo sobre isso. “Diariamente nós sabemos quantos carros passam e os dados são enviados à ANTT. Não teria porque diminuir a tarifa, porque ela foi feita com valor de referência no leilão. Já há redução da tarifa para quem é usuário frequente”, concluiu.
Concessões
Desde janeiro de 2024, o Paraná passou a ter duas novas concessionárias de pedágio, que arremataram os Lotes 1 e 2 nos leilões das rodovias estaduais e federais realizados ano passado na B3, Bolsa de Valores de São Paulo. Os contratos têm vigência de 30 anos.
O Lote 1 tem 473 quilômetros de extensão e compreende rodovias federais e estaduais que passam por Curitiba, Região Metropolitana, Centro Sul e Campos gerais. O trecho será administrado pela concessionária Via Araucária.
O Lote 2, de 605 quilômetros, abrange rodovias de Curitiba, Litoral, Campos Gerais e Norte Pioneiro e foi arrematado pela EPR Litoral Pioneiro.
A previsão de investimentos é de R$ 30,4 bilhões.