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O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado estadual Alexandre Curi (PSD), afirmou que o colega ðRicardo Arruda (PL) terá cinco dias para justificar as três faltas seguidas nas reuniões da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Nesta segunda-feira (7), a deputada Ana Júlia Ribeiro (PT) protocolou um pedido de substituição do parlamentar, o que gerou uma discussão entre ela e Arruda.
Curi falou sobre o caso na tarde desta terça-feira (8). “O requerimento foi processado e está em adamento. Agora, eu abro o contraditório de cinco dias para que o deputado faça a defesa. Nós estamos abrindo o contraditório e não posso antecipar. Preciso receber a justificativa”, disse.
Sobre a polêmica envolvendo a fala de Arruda sobre as roupas de Ana Júlia nas sessões, o presidente disse que não há reclamações neste sentido. “Como presidente exigo o passeio completo e até o momento ninguém exagerou sobre a vestimenta. Se houver reclamação, vamos nos posicionar”, falou.
Curi ainda destacou que tem conversado com os deputados para se manter um clima harmonioso na Casa de Leis. “Devemos respeitar o contraditório e em alguns momentos você não consegue controlar. Vamos fazer o possível para que não aconteça novamente. Se houver necessidade de agir, eu agirei”, pontuou, ressaltando o excelente momento que a Alep vive, apesar de acontecimentos isolados.
“Vivemos um momento extraordiárnio, com o selo diamante em transparência e estamos avançando. Esses episódios, mesmo que isolados, acabam trazendo uma imagem não boa ao legislativo, mas muita coisa positiva está sendo feita”, concluiu.
O deputado estadual Ricardo Arruda (PL) atacou a colega parlamento, Ana Júlia Ribeiro (PT), pelo pedido para a substituição dele da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) devido às sucessivas faltas do parlamentar. Ele não compareceu às últimas quatro sessões, embora Arruda alegue que sejam três.
Em entrevista ao Portal Nosso Dia na tarde desta segunda-feira, durante sessão na Assembleia Legislativa do Paraná, Arruda atacou Ana Júlia. “Essa deputada continua achando que está no diretório acadêmico da universidade dela, até pelas roupas e pelas falas dela”, disse Arruda, que em seguida afirmou que a parlamentar está querendo chamar a atenção.
“É uma pura perseguição. Como sou o único bolsonarista e conservador, é uma perseguição. Ela leu um artigo, mas não leu o outro em que você justifica as faltas. São três sessões, não quatro, porque uma é extraordinária. Ela fez isso para ter barulho na imprensa, se estivesse preocupada, quando o deputado Renato Freitas (PT) agrediu um funcionário Casa, que ali sim foi quebra de decoro, ela teria feito algo, mas ficou quieta”, lembrou.
Sobre as faltas nas reuniões da CCJ, Arruda justificou. “Todas foram justificadas. Uma por saúde, outra tive uma reunião com a presidente do Tribunal de Justiça e a terceira eu viajei e mudou a data da sessão”, explicou o deputado.
Questionada pelo Portal Nosso Dia após a fala de Arruda, a deputada Ana Júlia disse que o deputado não consegue conviver com outras mulheres no poder. “Não sei qual a diferença das minhas roupas para com as outras deputadas. Na realidade, o deputado não sabe lidar com o contraditório. Principalmente, lidar com uma mulher jovem junto com ele. Ele busca manchar a imagem e humilhar, mas nunca tive problemas com as minhas roupas em qualquer agenda que eu fiz. O conteúdo do meu trabalho fala por si só. Ele não sabe lidar com as mulheres no poder. Isso é violência política de gênero”, destacou.
Conforme a petista, Arruda tem mania de perseguição e não foi por ele ser bolsonarista que o pedido de substituição foi protocolado. “O deputado Arruda tem essa coisa de teoria de conspiração e se acha mais importante do que é. Faria isso para qualquer deputado. As faltas dele deixam claro que não há da parte dele preocupação com a CCJ”, ressaltou.
Por fim, a parlamentar explicou que não há justificativa para faltas em comissões e que a substituição, na opinião dela, terá que acontecer. “O deputado Arruda não leu o regimento. Está claro que as faltas não podem ser justificadas em comissão e a substituição acontece se um deputado fizer o requerimento. O regimento não fala que a Mesa vai analisar. Caso o pedido não aconteça, vou judicializar a questão”, concluiu.