- Atualizado há 2 anos
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O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado estadual Ademar Traiano (PSD), afirmou na tarde desta segunda-feira (3) que emendas com pedidos da classe dos policiais civis serão apresentadas e poderão ser acatadas pelo Governo do Paraná. Com isso, a votação da proposta de reajuste do funcionalismo e reestruturação de carreiras ficará para esta terça-feira (4).
Traiano afirmou que com as emendas a expectativa é que os pedidos dos policiais civis sejam atendidos. “Algumas emendas serão acatadas e, se aceitas pelo governo, poderemos votar amanhã. O Governo deve encaminhar um substitutivo com as emendas, a oposição não faria pedido de vistas e poderíamos votar amanhã. Atende reivindicações de policiais e investigadores, dentro da construção que a própria oposição defende”, afirmou Traiano.
Os policiais são contra, por exemplo, a unificação da função de escrivão de polícia e investigador, o que aumentaria a demanda de trabalho e sucatearia o serviço. Outra reclamação é a previsão de 160 horas de sobreaviso além da carga horária que, segundo o Sinclapol, seria sem remuneração.
Segundo o líder do Governo na Alep, o deputado Hussein Bakri, as emendas serão debatidas exaustivamente nas próximas horas. “Passaremos a noite trabalhando. Existem emendas boas que já foram acolhidas. Uma delas é a da horas de sobreaviso e outras que estão sendo estudas”, afirmou, sem dar muito detalhes sobre quais seriam.
A presidente do Sinclapol, Valquiria Gil Tisque, destacou que o movimento de paralisação ganhou ainda mais força nos últimos dias e que a categoria entregou seis emendas ao projeto do governo ao deputado estadual Hussein Bakri (PSD), líder do governador Carlos Massa Ratinho Junior na Alep.
“Estamos mobilizados para mostrar que estamos indignados e continuaremos fazendo isso. É uma injusta com os policiais da base na comparação aos delegados. Existe um tratamento desigual a nós, que representamos a maioria da cooperação. Estamos revoltados. Outro ponto é a retirada de horas e sobre aviso. O Governo do Paraná retirou as 160 horas, mas nós ainda teremos que ficar disponíveis, o que é um absurdo”, disse ao Portal Nosso Dia.
Uma assembleia na tarde de hoje decidou pela paralisação até as 16h de hoje. “Não tivemos acessos as emendas, mas já decidimos pela paralisação até a quarta-feira às 16h, quando deve se encerrar a votação. Vamos também fazer apenas as funções que estão na lei, não indo além disso. Delegados estão nos assediando e isso é uma agressão ao direito de se manifestar, concluiu.
Sobre a reclamação dos policiais, o Governo do Paraná encaminhou a seguinte nota:
O Governo do Estado já apresentou ao Sindicato dos Investigadores a nova tabela salarial. No topo da carreira o salário saíra de R$ 11 mil para R$ 22 mil em 2026, um aumento de 100%. Do meio da carreira até o final dela os aumentos vão variar entre 32% e 81%. Além desses percentuais, ao longo do processo de reestruturação, que começou em 2022, a categoria já recebeu 9% de aumento, em média.
Além disso, no sistema antigo menos de 5% conseguiam chegar no topo da carreira. Na proposta atual, todos os policiais vão conseguir alcançar as promoções para chegar ao topo da carreira.
A gestão estadual também explicou os motivos da fusão dos cargos de investigador e escrivão para agente de polícia judiciária, que ocorrerá apenas de maneira administrativa e sem sobrecarga de trabalho, considerando que permanece a mesma jornada de trabalho de 40 horas semanais.