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O presidente afastado do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, afirmou nesta sexta-feira (4) que é vítima de perseguição política. A declaração foi feita após uma operação do Ministério Público do Paraná (MPPR) cumprir mandados de busca e apreensão em sua residência e em uma chácara de sua família, em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba.
Teixeira é réu por 157 crimes de peculato e responde, junto a outros seis familiares, a um processo que investiga o desvio de mais de R$ 600 mil do sindicato. As denúncias incluem apropriação indevida de recursos, nepotismo e uso de dinheiro da entidade para fins pessoais.
Segundo ele, as acusações têm motivação política e foram articuladas por pessoas ligadas ao assassinato de seu pai, ocorrido há mais de 16 anos. “Essas pessoas estão diretamente relacionadas ao assassinato de meu pai, crime este que a Justiça ainda não elucidou. Desde que vencemos as eleições de 2010, o objetivo sempre foi nos afastar da gestão do sindicato”, afirmou.
Teixeira afirmou que os mandados foram cumpridos sem que qualquer evidência fosse encontrada. “Tive o desprazer de ter minha residência invadida pela polícia, que permaneceu no local por uma hora e meia. Não encontraram absolutamente nada contra mim. Isso tudo é uma tentativa de instrumentalizar o sistema judiciário para atingir a atual diretoria”, declarou.
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Sobre a acusação de ter nomeado familiares para cargos no sindicato, Anderson alegou que as funções eram anteriores à sua gestão. “Meu irmão já atuava como advogado do sindicato desde 2008. Estão me imputando um pagamento que sequer partiu da minha administração”, disse.
Em relação ao pagamento feito à mãe, apontado como irregular, ele explicou que a quantia de R$ 395 foi um reembolso por materiais usados na confecção de flores artesanais entregues no Dia das Mães de 2011. “Toda a diretoria estava ciente. Alegar enriquecimento ilícito por isso é um absurdo”, declarou.
Sobre a compra de uma chácara em Mandirituba, Anderson disse que o imóvel foi adquirido por sua esposa com recursos próprios e da venda de um carro. “Foi uma compra simples, com economia de anos e ajuda de amigos. Se tivesse algo ilícito, haveria provas. Mas não há. Não foi usado um centavo do sindicato”, afirmou.
O sindicalista reafirmou que irá apresentar documentos para rebater todas as 157 denúncias. “Estou tranquilo e agradecido por poder me defender. A verdade vai prevalecer. Já enfrentamos essas mesmas acusações antes. Isso se repete ciclicamente, sempre que querem interferir na gestão sindical”, concluiu.