- Atualizado há 20 horas
A fila de espera por consultas de Oftalmologia Geral teve uma drástica queda. Em janeiro de 2025, 47.780 pacientes aguardavam atendimento para esta especialidade – que é a campeã em demanda reprimida. Dados atuais, de 7 de agosto de 2025, mostram que esse número caiu para 18.397 — uma redução de 61,5% em apenas sete meses.
A conquista faz parte do trabalho da Prefeitura para diminuir o tempo de espera por consultas especializadas na capital, com o Programa Especialidades em Ação, lançado no início deste ano, pelo prefeito Eduardo Pimentel.
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No mesmo período, considerando todas as especialidades, Curitiba reduziu em quase 40% o total de pacientes na fila — passando de 201.578 pessoas em dezembro de 2024 para 123.304 em agosto de 2025. O tempo médio de espera também teve melhora importante: caiu de 60 para 49 dias.
“Assumi um compromisso com a população de Curitiba, de reduzir as filas por atendimento especializado e estou cumprindo. Temos esse resultado concreto. É gestão com foco, planejamento e prioridade onde mais importa. É compromisso de campanha se tornando realidade. É respeito para quem depende e utiliza o SUS Curitibano. Isso não aconteceu por acaso, foi resultado de uma força-tarefa coordenada, com mais oferta de consultas e exames”, destacou o prefeito Eduardo Pimentel.
A ampliação do acesso às especialidades está sendo possível em consequência de diversas ações da Prefeitura, como a adesão do município aos Programas Mais Acesso a Especialistas e Agora Tem Especialista do Ministério da Saúde; ampliação de oferta entre os prestadores contratados; e a inauguração do Centro Curitibano de Atenção Especializada realizada em 2024, administrado pela Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas).
Outra atividade que está sendo intensificada em Curitiba com o programa Especialidades em Ação é a telerregulação das filas de especialidades. Com a ferramenta interna, o médico da atenção primária (posto de saúde) compartilha a situação clínica do paciente com o médico especialista telerregulador, que faz uma análise no prontuário eletrônico e orienta plano de cuidado a ser realizado na mesma unidade de saúde ou encaminha para atendimento em ambulatório de especialidade.
Com isso, a Secretaria Municipal da Saúde ampliou de 15 mil para 27 mil o número de consultas mensais nas especialidades com maior demanda: Oncologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Ortopedia e Cardiologia. Isso representa um crescimento de 80% na capacidade de atendimento dessas áreas.
Além disso, houve acréscimo na oferta mensal de 5.540 exames, entre ultrassonografias, endoscopias e colonoscopias, passando de 11.743 ofertados por mês nestas três modalidades para 17.283, um aumento de 47%.
“Conseguimos ampliar a nossa capacidade de resposta nas especialidades mais procuradas, o que fez toda a diferença para reduzir a fila de forma tão expressiva. Seguimos comprometidos em oferecer um cuidado cada vez mais ágil, seguro e humanizado à população”, disse a secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak.
A pensionista Luísa dos Santos Beher, 66 anos, é uma das beneficiadas com o Programa Especialidades em Ação. No último sábado (9/8), ela participou do circuito de OCIs, as chamadas Ofertas de Cuidados Integrados, realizado no Hospital de Olhos do Paraná.
Com um conjunto de procedimentos pré-definidos para investigar condições de saúde específicas, as OCIs são parte fundamental do Programa Especialidades em Ação e têm otimizado o atendimento dos pacientes e ajudado a diminuir drasticamente a fila das especialidades de maior demanda.
Neste sábado, em apenas uma manhã, Luísa passou por consulta médica oftalmológica e fez exames, como tonometria (mede a pressão do olho) e auto-refrator (apoia a prescrição de óculos). “Quando cheguei aqui e vi a quantidade de pessoas, me assustei. Achei que fosse demorar. Mas foi tudo muito rápido e me atenderam maravilhosamente bem”, conta ela.
O aposentado Hélio de Souza, 70 anos, ficou surpreso pela celeridade com a qual foi convocado. Em janeiro passou por uma cirurgia de catarata e esperava que fosse atendido novamente para uma revisão apenas no próximo ano. “Nem esperava ser chamado tão já”, disse.
O relojoeiro José Carlos de Jesus, de 52 anos, foi diagnosticado com diabetes há 45 dias. O controle oftalmológico ajuda a evitar complicações pela doença. “Eu estou muito agradecido porque foi chamado rapidinho e fui atendido muito bem. E a notícia boa é que está tudo bem com os meus olhos”, conta.
*Com informações da Prefeitura de Curitiba