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A denúncia de um rombo milionário na previdência da Lapa movimento os bastidores políticos da cidade da Região Metropolitana de Curitiba. O atual prefeito, Diego Ribas (PSD) acusa os ex-gestores, Leila Klenk (PT - 2013 a 2016) e Paulo Furiati (MDB - 2017 a 2020), de deixarem um déficit de R$ 20 milhões no Instituto Previdenciário da Lapa (LAPAPREVI). Ele falou sobre o tema em sessão na última quarta-feira (19) na Câmara Municipal da Lapa, onde pediu a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Os ex-prefeitos citados, em resposta ao Portal Nosso Dia, negaram as declarações de Ribas e as chamaram de absurdas.

De acordo com o levantamento, feito por técnicos da Prefeitura da Lapa, em conjunto com o Instituto LAPAPREVI, o déficit foi gerado após as administrações deixarem de repassar, por sete anos (de 2013 a 2020), o dinheiro recolhido para a previdência. Com a descoberta da dívida, a atual administração municipal denunciou o caso ao Ministério Público do Paraná e ao Tribunal de Contas do Estado, que receberam os ofícios para investigações. O relatório também foi entregue na Câmara Municipal da Lapa e ainda ao sindicato dos servidores públicos do município.

O atual prefeito, Diego Ribas (PSD), manifestou preocupação com o caso e disse que todas as providências legais estão sendo tomadas. “Descobrimos esse rombo recentemente, por meio de um estudo que tinha como objetivo apontar a saúde financeira do Fundo Previdenciário. Após uma minuciosa apuração foi possível constatar o período em que esses repasses deixaram de acontecer e a quantia devida. Com isso, levamos ao conhecimento das autoridades o caso para que todas as responsabilidades sejam apuradas”, afirmou Ribas.

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Prefeito Diego Ribas em sessão na Câmara Municipal da Lapa (Foto: Reprodução)

Na sessão na Câmara, o prefeito ainda pediu a abertura da CPI. "Por muito menos já fizeram isso comigo. É um grande rombo com a previdência, que precisa ser investigado", concluiu.

Outro lado

Procurados pelo Portal Nosso Dia, os ex-prefeitos da Lapa negaram as acusações e as chamaram de absurdas.

Furiati afirmou que as contribuições foram regularmente repassadas de 2017 a 2020, tanto que as prestações de contas foram julgadas regulares pelo Tribunal de Contas e Câmara Municipal da Lapa:

"Frisa-se que a minha administração deixou a quantia de aproximadamente R$ 7 milhões de recursos livres para o sucessor, inclusive para realizar aportes extras ou voluntários que se apresentassem necessários em 2021. Portanto, este tipo de atitude mostra a verdadeira intenção de provocar uma cortida de fumaça para a péssima administração do atual prefeito", afirmou.

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Já a ex-prefeita Leila Klenk, afirmou que é a favor de que se crie uma CPI sobre o caso. Confira a nota na íntegra:

"No período em que fui prefeita, cumpri com absolutamente TODOS os repasses à previdência dos servidores. Também, o Lapaprevi, em nenhum dos anos que administrei o município, solicitou aporte de recursos. Tanto é que em 2015 o Ministério da Previdência fez auditoria no nosso Lapaprevi e APROVOU as contas. O Tribunal de Contas do PR e a Câmara de Vereadores, da mesma forma, sempre aprovou nossas contas. Portanto, estou estarrecida com a LEVIANDADE do atual prefeito ao fazer as acusações que fez. As providências legais serão tomadas. Espero que a Câmara Municipal abra a CPI para trazer luz à verdade. Reafirmo: o prefeito faltou com a verdade"