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Preços de medicamentos sofrem variações de mais de 200%, uma semana após reajuste anual

O levantamento é da CliqueFarma|Afya, que comparou os valores praticados entre os dias 31 de março e 5 de abril; índice médio aprovado pela Anvisa é de 3,83%
Marcello Casal JrAgência Brasil
O levantamento é da CliqueFarma|Afya, que comparou os valores praticados entre os dias 31 de março e 5 de abril; índice médio aprovado pela Anvisa é de 3,83%

Redação*

11/04/25
às
8:32

- Atualizado há 1 semana

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A primeira semana após o reajuste anual de medicamentos, que entrou em vigor em 1º de abril em todo o país, registrou variações superiores a 200% no preço de um mesmo remédio. O dado é da CliqueFarma|Afya, plataforma de comparação de preços de medicamentos com mais 80 redes de farmácias parceiras cadastradas. 

O vice-presidente de Soluções para Prática Médica da Afya, Lélio Souza, explica que o reajuste médio de 3,83%, aprovado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), incide sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC) — um valor que serve como teto para o mercado, mas que não determina o preço final praticado pelas farmácias.

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Isso acontece porque os estabelecimentos têm liberdade para adotar suas próprias estratégias comerciais, aplicando descontos e promoções. Por isso, mesmo com a alta autorizada, é comum encontrar variações expressivas nos preços dos medicamentos entre diferentes redes.

“Em 2024, por exemplo, dados da CliqueFarma|Afya mostraram que alguns medicamentos registraram variações superiores a 300% ao longo do ano. Um exemplo é a Rivaroxabana, anticoagulante cujo preço variou até 359% entre diferentes farmácias”, explica Souza.

Já em 2025, logo na primeira semana após o reajuste, a CliqueFarma|Afya identificou oscilações superiores a 200% nos preços de alguns medicamentos. Um caso é o Letrozol, utilizado no tratamento oncológico: em 31 de março, o medicamento era vendido a partir de R$ 31,90, mas chegou a custar, no mínimo, R$ 100,99 a partir de 1º de abril — uma diferença de 216,58%. Neste caso, embora o aumento sentido pelo consumidor tenha sido maior, o valor ainda está dentro do Preço Máximo ao Consumidor definido pela CMED. 

Confira alguns dos medicamentos que ficaram mais caros após o reajuste 

O levantamento realizado pela CliqueFarma|Afya considera o valor mínimo de cada produto nas principais redes de farmácia do país, antes e após o reajuste.

Na avaliação de Lélio Souza, os novos preços podem comprometer a continuidade de tratamentos médicos, especialmente em populações de baixa renda. “O aumento nos custos pode levar à interrupção de terapias essenciais, impactando a saúde. E, em alguns casos, gerando uma maior demanda por atendimentos médicos devido ao agravamento de doenças”, afirmou. 

Já no dia a dia das farmácias, ele observa que uma possível tendência é o consumidor buscar alternativas mais acessíveis, como genéricos e similares, o que pode afetar as vendas de medicamentos de marca e exigir ajustes na precificação e nas políticas de desconto.

Mesmo com o aumento dos preços, algumas estratégias podem ajudar a aliviar o impacto no bolso do consumidor. Confira como economizar na compra de medicamentos:

  1. Consulte as opções de genéricos ou biossimilares: são versões mais acessíveis financeiramente, com eficácia comprovada. 
  2. Aproveite programas governamentais: o programa “Farmácia Popular” oferece medicamentos gratuitos ou com descontos para diversas condições de saúde. 
  3. Busque assistência farmacêutica no SUS: unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizam gratuitamente diversos medicamentos essenciais. 
  4. Compare preços antes da compra: utilizar plataformas online para comparação de preços, como a CliqueFarma | Afya, pode ajudar a encontrar os melhores valores. 
  5. Compre em maior quantidade: se o medicamento tiver validade longa e for de uso contínuo, adquirir uma quantidade maior pode gerar economia. 
  6. Aproveite descontos e programas de fidelidade: muitas farmácias oferecem benefícios para clientes cadastrados.

*Com informações da assessoria de imprensa

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