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Alvo de denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) pelo crime de rachadinha, o deputado estadual Ricardo Arruda (PL) afirmou que sofre uma perseguição de uma ala da esquerda do Ministério Público do Paraná (MPPR) por ser bolsonarista. Ao Portal Nosso Dia, na manhã desta quarta-feira (24), o parlamentar disse que nunca ficou com parte do salário dos comissionados e que não há nenhuma prova disso.

O caso veio à tona após reportagem da RPC TV e tem como base análise de materiais apreendidos, quebras de sigilos bancários e telefônicos, além de relatos de testemunhas e a delação premiada do ex-chefe de gabinete de Arruda.

"A exigência de devolução de parte dos vencimentos de assessores pelo deputado Ricardo Arruda Nunes foi confirmada pelo feixe de elementos informativos que integram o caderno investigatório, revelando o orquestrado esquema de uso de cartão de crédito em nome de assessores e pagamento de dívidas particulares", afirma o documento trazido à tona pela RPC.

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Inicialmente ao Nosso Dia, Arruda lamentou ficar sabendo da denúncia pela imprensa, já que alega não ter nenhuma informação sobre o caso. "Não tem nada de errado e eu lamento muito ficar sabendo pela imprensa. São nove anos de investigações e quem foi ouvido negou. É uma denúncia de um ex-assessor lá do primeiro mandato. Eu estou muito tranquilo. Isso acontece porque eu sou o único deputado bolsonarista do Paraná. Como combato a esquerda, isso incomoda muito", afirmou.

Segundo a denúncia, o ex-funcionário admitiu que compartilhava parte do salário e que, como outros assessores, disponibilizava uma via adicional de cartão de crédito para uso de Arruda. Sobre isso, o deputado alegou não haver irregularidades. "Eu fazia o reembolso em dinheiro e não há irregularidade nisso. São denúncias vazias, alegam enriquecimento, mas eu já fui presidente de banco, não preciso do dinheiro da política. São apenas narrativas de um ex-funcionário que eu exonerei e apareceu oito anos depois", disse.

Questionado ainda sobre as críticas diretas que faz ao MP, Arruda afirmou que não tem problema em criticar uma parte da instituição que chamou de podre. "Não crítico a instituição MPPR, mas um pequeno grupo com viés político. Uma parte podre, corrupta, incompetente e irresponsável", concluiu.

A prática da rachadinha é considerada crime de concussão, que é a extorsão por agente público em razão do caso em que ocupa. Conforme a denúncia, Arruda cometeu o crime ao mens 62 vezes de dezembro de 2015 a setembro de 2023.

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