- Atualizado há 3 horas
O Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), iniciou a instalação de armadilhas móveis para a captura de javalis em Unidades de Conservação (UCs) do Estado. A espécie é considerada exótica invasora e causa prejuízos à fauna e flora local, por isso são abatidos.
O primeiro equipamento começou a funcionar na terça-feira (18), no Parque Estadual Mata dos Godoy, em Londrina, no Norte do Paraná. Nesta quarta-feira (19) o aparelho será instalado no Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo, em Fênix, na região Centro-Oeste.
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Na sequência, receberão as armadilhas os parques Lago Azul (Campo Mourão), Vila Velha (Ponta Grossa), Mata de São Francisco (entre Cornélio Procópio e Santa Mariana) e Campinhos (entre Cerro Azul e Tunas do Paraná). O investimento do Governo do Estado é de R$ 43.780,40 e se deu por meio do Programa de Conversão de Multas Ambientais, que permite a substituição do pagamento pecuniário por prestação de serviços ou a compra de equipamentos voltados para preservação do meio ambiente.
Chefe da divisão do IAT voltada para estratégias de conservação, Amanda Beltramini explica que, ao controlar a espécie exótica invasora, o órgão contém impactos ambientais, econômicos e sociais, já que os javalis se reproduzem rapidamente sob condições favoráveis e são vetores de doenças que podem afetar animais selvagens, de criação e os seres humanos.
“É um avanço significativo no manejo dessa espécie invasora, permitindo ações mais eficazes de captura e controle. A iniciativa reforça o compromisso do IAT com a preservação ambiental e a proteção das Unidades de Conservação do Estado”, destaca. “Cada uma dessas UCs já contava com uma estrutura fixa para fazer a captura. Agora, com esses equipamentos novos, será possível levar as armadilhas até locais onde tenha mais ocorrência desses animais, como trilhas e carreiros”.
INVASORES – De acordo com o Guia para a Gestão de Espécies Invasoras, produzido pelo IAT, os javalis causam danos severos à natureza, provocando alterações ambientais como a destruição da vegetação e a ameaça à sobrevivência dos porcos nativos, com quem competem diretamente por abrigo e alimento.
Por isso, o abate da espécie foi regulamentado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e é permitido no Brasil como medida de controle sob as condições estabelecidas na Instrução Normativa Ibama nº 003/2013.
Outro ponto importante é que os javalis são considerados uma praga no território brasileiro devido à falta de predadores para a espécie, grande capacidade de se adaptar a novos ambientes e de reprodução. Ele é considerado uma espécie invasora por ter sido trazida da Europa para o Brasil.
“Eles entram em grupos nos milharais e derrubam as plantações para se alimentar. Isso gera um impacto muito grande na renda dos produtores”, diz o biólogo do IAT, Mauro Britto.
*Com informações da AEN