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“Política infantilóide de ganhar ibope”, diz Freitas sobre confusão em evento contra a polícia na UFPR

Na entrevista, o petista ainda afirmou não ser a favor do fim da Polícia Militar, mas sim quer a desmilitarização dela
Renato Freitas em entrevista ao Portal Nosso Dia (Foto: Nosso Dia)
Na entrevista, o petista ainda afirmou não ser a favor do fim da Polícia Militar, mas sim quer a desmilitarização dela

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

28/08/23
às
16:50

- Atualizado há 2 anos

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O deputado estadual Renato Freitas (PT), que participou do evento “Quem nos Cuida da Polícia?”, que aconteceu na Universidade Federal do Paraná (UFPR), afirmou ao ser questionado pelo Portal Nosso Dia, durante sessão na Assembleia Legislativa do Paraná, na tarde desta segunda-feira (28), que a confusão no evento da última sexta (25), envolvendo o advogado criminalista, Jeffrey Chiquini, e outros participantes, foi uma política infantilóde de se criar falsas polêmicas. Na entrevista, o petista ainda afirmou não ser a favor do fim da Polícia Militar, mas sim quer a desmilitarização dela.

“Sou contrário a política infantilóide de se criar polemicas falsas para ganhar ibope através da discórdia. Sabemos que a discórdia nas redes sociais gera mais engajamento, comentários e curtidas. Minha política é a do argumento e não fiz parte dessa discussão, porque tenho essa compreensão”, afirmou o deputado, sem citar os nomes dos envolvidos na confusão.

Sobre o evento em si, que teve em vários momentos a defesa do fim das policias, o deputado afirmou que é apenas contra a militarização.

“Equivocadamente se fala-se em fim da polícia. Não é possível o fim das policias e de nenhuma delas. O que nos queremos é a desmilitarização da Polícia Militar. Segundo o fórum de Segurança Pública de São Paulo, mais de 70% dos policiais são favoráveis a desmilitarização, porque os praças; soldados e cabos, podem trabalhar a vida toda e nunca serão oficiais. Diferente da Polícia Civil, que você entra no quadro e terá o mesmo tempo que os outros”, argumentou.

Em seguida, o deputado também disse que o policial militar é quem mais sofre com o que chamou de degradação da categoria.

“Na militarização você não tem o direito de reunião, de associação sindical, liberdade de expressão e pode ser preso a qualquer momento no quartel por ordem do superior hierárquico. Tudo isso traz condições péssimas, que refletem na degradação do policial militar, que em 2019 foi a policia que mais se matou no brasil e em 2020 também. Em 2019, policial mais se matou do que matou em confronto. Países com Argentina, Reino Unido e Estados Unidos, que é sempre usado como exemplo, tem a policia desmilitarizada”, pontuou.

Ainda na entrevista ao Nosso Dia, o petista fez críticas ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), depois que o indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou a favor, na última sexta-feira (25), do reconhecimento da Guarda Municipal (GM) como agente de Segurança Pública. A escolha do novo ministro do STF desempatou a disputa.

“Equivocada a decisão de Zanin, que garantiu a GM o poder de ronda ostensiva, com equiparação à PM. Falo em base em evidencias, a maior delas a morte do Caio José, em Curitiba, que levou dois tiros na nuca e se comprovou que a faca não estava com ele. Foi ampliada a competência dos guardas, sem ampliar o treinamento, recursos. Guardas mal treinados podem entrar em casas, fazer abordagens”, concluiu.

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