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Policial diz que foi agredido e se identificou antes de atirar em cliente que morreu após confusão em bar de Curitiba

Pereira disse em depoimento que estava há cerca de 40 minutos no bar acompanhado de amigos e que “havia tomado apenas um ou dois copos de cerveja” antes da confusão
Policial civil em depoimento (Foto: Reprodução)
Pereira disse em depoimento que estava há cerca de 40 minutos no bar acompanhado de amigos e que “havia tomado apenas um ou dois copos de cerveja” antes da confusão

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

01/10/25
às
11:18

- Atualizado há 14 segundos

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O policial civil Marcelo Mariano Pereira, 36 anos, responsável pelo disparo que matou Antônio Carlos Antunes, 51 anos, dentro do BarBaran, em Curitiba, afirmou em depoimento que se identificou como agente antes de atirar e que foi agredido pela vítima. Após prestar esclarecimentos, ele foi ouvido e liberado para responder em liberdade ainda na noite do ocorrido, na última sexta-feira (26). Antônio Carlos chegou a ser socorrido com vida, mas teve a morte confirmada nesta quarta-feira (1º).

Pereira disse em depoimento que estava há cerca de 40 minutos no bar acompanhado de amigos e que “havia tomado apenas um ou dois copos de cerveja” antes da confusão. Segundo o relato do agente, a situação aconteceu no banheiro do estabelecimento, que possui duas cabines. Ele conta que, ao sair do local, o homem estava no mictório e começou a xingá-lo por ter tirado um copo que estava na pia.

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“Ele começou a me agredir pelas costas. Ele fechou a saída e, nisso, eu tentava sair. Tomei um soco que me atordoou até e, nesse momento, temi pela minha vida. Falei ‘polícia, polícia’ e tentei pegar a arma e, nisso, ele pegou no meu braço. Daí eu puxei para trás e aconteceu o disparo”, relatou o policial.

Assista ao vídeo do depoimento:

O agente ainda afirmou que se identificou como policial e acionou o número de emergência 190. Ele ressaltou que não sabia que o copo que estava na pia pertencia à vítima, dizendo que Antônio “estava viajando” no momento da confusão.

O escritório que defende a família de Antônio Carlos encaminhou a seguinte nota ao Portal Nosso Dia:

Como advogados da família do Sr. Antônio Carlos Antunes (51), vitimado com disparo de arma de fogo (26/09), no estabelecimento “Barbaran”, no centro de Curitiba, comunicamos o falecimento da vítima.

O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal de Curitiba) e, após liberação, a família pretende realizar o velório e sepultamento na cidade de Erechim, no Rio Grande do Sul.

O Inquérito Policial, que tramita junto à Delegacia de Homicídios de Curitiba, com o advento do falecimento da vítima, deverá prosseguir como homicídio – tendo como autor o policial civil do Paraná, Marcelo Mariano Pereira.

A Polícia Civil encaminhou o seguinte posicionamento:

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) lamenta profundamente o falecimento do senhor Antônio Carlos Antunes, ocorrido após os fatos registrados na noite de sexta-feira (27), em Curitiba, e manifesta solidariedade aos familiares da vítima.

Desde os primeiros momentos, foram adotadas todas as providências cabíveis: o local foi periciado, testemunhas foram ouvidas, imagens foram recolhidas e exames periciais confirmaram lesões no policial civil envolvido. Também foi registrada a versão de uma testemunha que estava no banheiro e relatou ter ouvido as agressões e o disparo.

O procedimento instaurado foi encaminhado ainda no mesmo dia à Justiça e ao Ministério Público, garantindo a análise independente de todos os elementos. A Corregedoria da PCPR acompanha o caso permanentemente, assegurando que cada etapa seja conduzida com rigor e transparência.

A investigação segue em andamento, com a análise técnica de todos os elementos disponíveis, para que a verdade dos fatos seja esclarecida com independência, rigor e responsabilidade.

A defesa do Polícia Civil, lotado na Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo ainda não encaminhou um posicionamento.

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