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Polícia investiga áudios para liberação de reféns em Icaraíma; buscas por homens continuam

Eles sumiram na última terça-feira (5) ao irem cobrar uma dívida
Três dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma (Foto: Reprodução Catve.com)
Eles sumiram na última terça-feira (5) ao irem cobrar uma dívida

Redação Nosso Dia

13/08/25
às
7:23

- Atualizado há 12 segundos

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Seguem as investigações sobre o desaparecimento de Alencar Gonçalves de Souza, morador local, e os paulistas Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso, em Icaraíma, no interior do Paraná. Eles sumiram na última terça-feira (5) ao irem cobrar uma dívida. Nenhum novo ponto para procura dos quatro homens desaparecidos foi localizado.

A Polícia Civil está realizando diligências de investigação, como oitivas, busca por imagens, checagem de informações que chegam de forma anônima, além de medidas cautelares junto ao Poder Judiciário, para obtenção de dados de interesse das investigações. As informações são da Catve.com.

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Alguns áudios circularam nas redes sociais, com diálogos de negociação para liberação dos reféns. A Polícia Civil informou que esses áudios são de pessoas próximas a família da vítima, do início das investigações, quando as vítimas tinha recém desaparecido. Ou seja, não se trata de contato recente do eventual sequestrador. A Polícia Civil colheu esse material e vai analisar, buscando extrair o que possa ser útil para as investigações.

Quanto a prazo para conclusão de laudos periciais ou da própria investigação, não é possível passar estimativas. O trabalho investigativo segue uma dinâmica diferente das diligências de buscas que vinham sendo realizadas até o momento. Enquanto o trabalho de buscas permite uma atualização mais frequente, as investigações demandam um tempo maior, podendo demorar semanas ou, dependendo da diligências, até meses.

O caso e as investigações

Segundo o delegado-chefe da 7ª Subdivisão Policial, Gabriel Menezes, as investigações começaram na quarta-feira após a notícia do desaparecimento. “Descobrimos que Alencar contratou três indivíduos do Estado de São Paulo para cobrar uma dívida relacionada a uma negociação de venda de uma propriedade rural em Icaraíma”, explicou.

Há divergências sobre o valor da dívida, mas a polícia levantou que o imóvel foi transferido para um membro da família devedora em 5 de agosto, sem o pagamento das parcelas acordadas, que somariam R$ 255 mil, divididos em dez parcelas de R$ 25 mil.

Os cobradores chegaram à região na segunda-feira para o primeiro contato e voltaram na terça para a continuação da cobrança. Foi nesse momento que perderam contato com familiares, o que levou à comunicação do desaparecimento à polícia.

O delegado Thiago Andrade Inácio, responsável pelas investigações em Icaraíma, contou que todas as informações estão sendo verificadas e que as buscas envolvem áreas rurais, rios e propriedades onde os desaparecidos estiveram.

“Até agora, a principal linha de investigação é homicídio, mas outras possibilidades não estão descartadas, pois ainda não há confirmação definitiva do que ocorreu”, explicou Thiago.

Prisões e diligências

A Polícia Civil já fez a expedição de dois mandados de prisão temporária contra suspeitos relacionados ao caso, mas eles ainda não foram localizados. Um indivíduo foi preso portando uma arma calibre 12, porém, até o momento, não há ligação confirmada entre ele e o desaparecimento ou morte das vítimas.

Para ajudar nas investigações, a Polícia Civil solicitou à Justiça autorização para acessar dados telemáticos, que incluem informações de telefonia, mensagens e dados de internet, das pessoas envolvidas no caso. Segundo o delegado Gabriel Menezes, “Temos tomado medidas para conseguir esses dados telefônicos e de internet. Estamos analisando informações que chegam de forma anônima, o que gera muito material para ser estudado ao longo dos dias. Só depois de analisar tudo isso é que poderemos decidir os próximos passos das buscas. Por enquanto, já verificamos todos os locais que tínhamos e agora vamos focar na análise desses dados para continuar o trabalho.”

Versão da família e contexto

A família dos cobradores relata que o trabalho deles consiste em buscar dívidas consideradas difíceis de receber, mas que, nos 13 anos de atuação, nunca houve emprego de violência ou uso de armas de fogo. “Houve algumas conduções à delegacia por desentendimentos, mas nada que envolvesse agressão ou prisões por porte ilegal de armas”, disseram familiares.

O delegado Thiago ainda destacou que todas as possíveis rotas e locais que os desaparecidos poderiam ter passado foram investigados, e as equipes seguem prontas para atuar caso surjam novas informações.

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