
- Atualizado há 27 segundos
A Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito que investigou a morte do empresário Antonio Carlos Antunes, de 51 anos, baleado dentro do BarBaran, um dos bares mais tradicionais do Centro de Curitiba. O crime ocorreu na noite de 26 de setembro e teve grande repercussão na capital paranaense.
No relatório final, a autoridade policial entendeu que o disparo efetuado por Marcelo Mariano Pereira, policial civil que estava de folga no momento do ocorrido, aconteceu em situação de legítima defesa. Com esse entendimento, o inquérito foi encerrado e encaminhado ao Ministério Público do Paraná, que agora irá analisar o material e decidir se oferece denúncia ou se solicita o arquivamento do caso.
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Família da vítima questiona conclusão
Para a família de Antonio Carlos Antunes, a conclusão da investigação policial não encerra o debate. Em nota divulgada nesta segunda-feira (29), a advogada Carolina Mattar Assad, que representa os familiares da vítima, afirmou que o resultado do inquérito foi recebido “sem grande surpresa”.

Segundo a defesa, desde o início das investigações o delegado responsável já demonstrava convicção pela tese de legítima defesa. A advogada também mencionou que, de forma considerada atípica, não houve prisão em flagrante no momento dos fatos.
A defesa ressalta que a família discorda da conclusão apresentada pela Polícia Civil e reforça a expectativa de que o Ministério Público analise o caso com independência e profundidade. De acordo com a nota, ainda há pontos que precisam ser esclarecidos e a possibilidade de responsabilização não deve ser descartada antes da manifestação do MP, órgão responsável pelo controle externo da atividade policial e pela promoção da ação penal.
Confira íntegra da nota da advogada da família da vítima:
“A família da vítima recebe o relatório da autoridade policial sem grande surpresa, visto que, desde o início, o delegado responsável já estava convencido pela versão da legítima defesa – tanto é que, atipicamente, não efetuou prisão em flagrante. O momento é de aguardar a manifestação técnica do Ministério Público, que não tem vínculo com a conclusão da Autoridade Policial. Com plena confiança na justiça”, diz a nota.
O espaço permanece aberto caso a defesa do policial queira se manifestar.