A Polícia Civil investiga o assassinato do jornalista Cristiano Freitas, de 45 anos, encontrado morto dentro de casa no bairro Jardim das Américas, em Curitiba, na tarde desta terça-feira (4). Segundo o delegado Ivo Viana, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), possivelmente a vítima e o suspeito se conheciam há pouco tempo.

“A gente acredita que eles não se conheciam há muito tempo e possivelmente é algo recente, dos últimos dias. Ainda é prematuro adiantar. As equipes estão em diligência”, afirmou.

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Segundo o delegado, o crime foi cometido de forma brutal. “Pela forma que ele foi encontrado, é um crime de uma gravidade acentuada. Estamos buscando entender as motivações para o caso”, pontuou.

Cristiano teve uma trajetória marcante na imprensa paranaense, sendo editor do projeto Gazetinha, do jornal Gazeta do Povo, uma iniciativa que revelou muitos talentos para o jornalismo local.

Comoção

A morte do jornalista gera intensa comoção. A vereadora Laís Leão (PDT) falou sobre o prazer de ter conhecido Cristiano, com quem disse ter aprendido muito. “Uma das melhores pessoas que eu tive o prazer de conhecer na vida. Me ensinou TANTO. Um homem gentil, educado, atencioso, extremamente competente, sensível e acolhedor. Com um tino inacreditável para lidar e ensinar adolescentes. Um comunicador nato”, escreveu a vereadora Laís Leão (PDT)”, afirmou.

O Festival de Teatro de Curitiba, onde Cristiano trabalhava como assessor de imprensa, também lamentou o caso. “É com profunda tristeza que informamos o falecimento do jornalista Cristiano Freitas, membro da equipe de assessoria de imprensa do 33 º Festival de Curitiba, aos 46 anos. Apaixonado por arte e cultura, Cris teve uma trajetória marcante em diversos veículos de comunicação e se destacava como um grande conhecedor do teatro. Este ano, a convite do coordenador Maximilian Santos, realizou um antigo desejo ao integrar nossa equipe, trazendo sua experiência, talento e entusiasmo”, diz a nota.

O posicionamento do Festival também fala sobre o entusiasmo passado por Cristiano nos poucos dias em que trabalhou com a equipe. “Infelizmente, nosso colega foi encontrado em sua casa, e a causa de sua morte ainda não foi esclarecida. Estamos todos consternados, em choque e profundamente tristes com essa perda repentina. Em poucos dias de trabalho conosco, Cris já havia deixado sua marca, contribuindo com entrevistas, ideias e pautas instigantes, sempre com dedicação e energia contagiante. Seu entusiasmo fará muita falta. Expressamos nossos mais sinceros sentimentos à família, amigos e colegas que tiveram o privilégio de conhecê-lo e compartilhar momentos ao seu lado”, conclui a nota.

O velório de Cristiano será na Capela Luto Curitiba e o sepultamento está marcado para as 17h desta quarta-feira no Cemitério Municipal Água Verde.

O caso

O jornalista estava amarrado, amordaçado e apresentava ferimentos pelo corpo, incluindo um golpe no supercílio. O corpo foi localizado por um amigo que mora ao lado e estranhou a ausência do jornalista. Ao entrar na casa, encontrou a vítima na sala de estar e acionou o Corpo de Bombeiros, mas os socorristas apenas puderam confirmar o óbito.

De acordo com a delegada Magda Hofstaetter, responsável pelo caso, Cristiano teria recebido em casa um homem de aproximadamente 25 anos, que agora é apontado como principal suspeito do crime. O indivíduo teria deixado a residência por volta das 14h, fugindo em um veículo Hyundai HB20 de cor prata ou cinza e deixando o portão aberto. A polícia ainda investiga qual era a relação entre a vítima e o suspeito.