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PMs são presos em operação que apura cobrança de Pix para liberação de cargas no Paraná

A suspeita é de que, durante as abordagens, policiais militares exigiriam repasses em dinheiro, a título de propina, especialmente por meio de transferências via Pix
Gaeco (Foto: MPPR)
A suspeita é de que, durante as abordagens, policiais militares exigiriam repasses em dinheiro, a título de propina, especialmente por meio de transferências via Pix

Redação com MPPR

06/03/25
às
11:46

- Atualizado há 23 segundos

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O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Foz do Iguaçu do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta quinta-feira, 6 de março, a segunda fase da Operação Chave Pix, com o intuito de averiguar a prática de exigências de valores ilícitos a compristas de mercadorias estrangeiras, abordados na BR-277. Dois policiais militares foram presos durante a operação.

A suspeita é de que, durante as abordagens, policiais militares exigiriam repasses em dinheiro, a título de propina, especialmente por meio de transferências via Pix, com o intuito de não fazer a apreensão de mercadorias e veículos, deixando de encaminhar os abordados às autoridades competentes.

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Com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Paraná, foram cumpridos nesta quinta-feira 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu, ambas no Oeste do Paraná, e na cidade de Joinville, no estado de Santa Catarina, em endereços vinculados a nove policiais militares, quatro particulares/civis, incluindo um policial militar exonerado, e na própria sede do Destacamento da Polícia Militar em Santa Terezinha de Itaipu, onde os PMs estão ou estiveram lotados.

Também foram cumpridos oito mandados de afastamento da função pública e outras medidas cautelares diversas da prisão em face de policiais militares, além do cumprimento de 13 mandados de busca pessoal.

As ordens foram deferidas pelo Juízo da Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual do Paraná e executadas nas residências dos investigados, buscando o recolhimento de aparelhos celulares, documentos, computadores, valores em espécie e objetos ilícitos em poder dos investigados, para auxiliar na apuração de investigação.

As investigações da Operação Chave Pix, conduzidas pelo Gaeco de Foz do Iguaçu, tiveram início em outubro de 2023. Segundo apurado, os valores repassados via Pix eram depositados em contas de terceiros, que posteriormente transferiam o dinheiro a contas de familiares dos policiais militares.

Vítimas – A primeira fase da operação foi deflagrada em dezembro de 2023, tendo como alvos dois militares e três particulares/civis. Na época, foi averiguada a possível existência de uma organização criminosa, o que levou à oitiva de cerca de 100 pretensas vítimas e à identificação de outros policiais militares e particulares envolvidos no esquema.

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