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Uma das boas companhias nessa época é o pinhão. Essa semente legitimamente brasileira ganha espaço nas épocas mais frias do ano. Embora apreciado em todo país, o pinhão é mais consumido nas regiões Sudeste e Sul, justamente por ser nativo. E tem mais, nada de comer pinhão cru. Já te contamos.
Mas, afinal, por que o pinhão é mais encontrado na região Sul? Bom, primeiramente, é preciso entender que o pinhão é a semente da Araucária, também chamada de pinheiro-brasileiro, encontrada em uma formação florestal mais conhecida por Mata das Araucárias, que faz parte no Bioma da Mata Atlântica.
Agora, fica mais fácil imaginar o motivo, já que as Araucárias estão – em sua maioria – nas florestas e matas presente na Região Sul. Há ainda uma parcela da árvore em elevadas altitudes na Região Sudeste, onde o clima é subtropical. Mas, boa parte da Mata das Araucárias ocupa os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A Araucária é, inclusive, símbolo do Paraná e recebeu uma lei de proteção, há 20 anos, em que se proíbe o corte sem autorização, por estar na lista de espécies ameaçadas de extinção. Os órgãos de controle no Estados do Sul protegem a colheita e a venda do pinhão. A intenção é garantir o consumo sustentável e proteger a reprodução da araucária.
Diferente do que se dizia lá no início dos anos 90, o pinhão é a semente da Araucária, não o fruto. A pinha, cientificamente chamadas de estróbilos, é a flor especial produzida pelo pinheiro. Ou seja, também não é o fruto da árvore. Ah, sem contar que apenas as Araucárias fêmeas produzem pinhões, depois de um processo bem interessante de polinização.
Os benefícios do pinhão são muitos – contendo fibras, amido resistente, proteínas e minerais essenciais como ferro, potássio, cálcio, magnésio, zinco e também vitamina C. O mais interessante é que cerca de 65% da composição do pinhão é de carboidrato, sendo um alimento com alto valor energético.
Nem pensar! Especialistas dizem que pinhão cru pode ser tóxico. Isso porque a digestão do pinhão cru pode causar uma baita má digestão. Então, a única recomendação que se faz para quem gosta é prepará-lo. Na panela de pressão, numa sapecada… Hum. Que delícia!