- Atualizado há 20 minutos
O Paraná registra, em 2025, três mortes de crianças causadas por picadas de escorpião, além de mais de cinco mil casos em todo o Estado. Diante desse cenário, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) intensifica ações de prevenção e alerta a população para os cuidados dentro e ao redor das residências, evitando locais que favoreçam a presença desses animais.
As vítimas fatais foram dois meninos, de 3 e 12 anos, em Cambará, e uma menina de 4 anos, em Jacarezinho. Embora a maioria das picadas resulte em sintomas leves, casos graves exigem atendimento imediato, e a orientação é buscar assistência médica sem demora.
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Na 19ª Regional de Saúde, que engloba 22 municípios, foram registrados 423 acidentes com escorpiões neste ano, sendo 115 somente em Cambará. Desde julho, ações de captura já recolheram mais de 2 mil animais na cidade. Além disso, campanhas de conscientização estão sendo promovidas junto a associações, igrejas e lideranças comunitárias para orientar sobre medidas preventivas.
A Sesa vai distribuir 330 mil folders informativos em toda a região, priorizando Cambará. Segundo o secretário da Saúde em exercício, César Neves, “prevenir acidentes é a melhor forma de salvar vidas e reduzir a necessidade de atendimento de urgência”.
Estrutura de atendimento e soros antivenenos
Recentemente, Cambará passou a contar com armazenamento de soros antivenenos, garantindo atendimento rápido para casos graves de escorpiões, aranhas e cobras, com apoio do CIATox. O Paraná possui atualmente 225 serviços habilitados em todo o Estado para aplicação de soros, fornecidos pelo Instituto Butantan, garantindo cobertura mesmo em situações de alta demanda.
Os escorpiões buscam comida e abrigo, principalmente em locais com lixo, entulhos, madeiras empilhadas e restos de construção. A espécie mais perigosa no Estado é o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), que se reproduz sem necessidade de parceiro e é responsável pela maioria dos casos graves.
Manter quintais limpos, armazenar o lixo de forma adequada e sacudir roupas, calçados e toalhas antes de usar são medidas fundamentais para reduzir riscos. Em caso de picada, deve-se lavar o local com água e sabão, aplicar compressa morna e buscar atendimento médico imediatamente. Sempre que possível, capture ou fotografe o animal para identificação, mas nunca amarre, corte ou aplique substâncias sobre a ferida.
César Neves reforça que a prevenção depende do envolvimento da população: “Ações simples no dia a dia podem salvar vidas, especialmente das crianças, que são mais vulneráveis ao veneno do escorpião”.
*Com informações da AEN
