- Atualizado há 2 dias
“Quando me ligaram dizendo que meu celular tinha sido recuperado, pensei que fosse golpe. Só acreditei depois de confirmar na delegacia”, disse a auxiliar de dentista Scheila Grabowski, 36 anos. Ela foi vítima de um assalto no bairro Tatuquara, em Curitiba, quando esperava o ônibus para ir ao trabalho, há um ano e meio. Neste sábado (4), Sheila recebeu o aparelho de volta em evento realizado pela Polícia Civil do Paraná, no Shopping Jockey Plaza, onde mais de 300 celulares furtados ou roubados foram entregues aos donos por meio do programa RecuperaCel.
O programa de recuperação de celulares é coordenado pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), que cruza informações de boletins de ocorrência com os números de IMEI dos aparelhos para identificar os proprietários.
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De acordo com o delegado Fernando Zamoner, da Delegacia de Furtos e Roubos, a iniciativa é resultado de um esforço coordenado em todo o Estado. “Esse é um trabalho que a gente tem focado nos últimos meses. A Delegacia de Furtos e Roubos recebeu a missão específica de atuar na recuperação de telefones que, em momentos anteriores, foram subtraídos de forma criminosa. Só em Curitiba já conseguimos recuperar 421 aparelhos nesse ano”, explicou.
Zamoner destacou que o Boletim de Ocorrência é peça fundamental para o sucesso das investigações. “O boletim é essencial. Além de ajudar a identificar o autor do crime, ele também fornece dados que permitem rastrear o celular junto à Anatel e às operadoras. Assim, conseguimos mapear onde o aparelho foi parar e intimar a pessoa que está com ele, seja um comprador de boa fé ou alguém que adquiriu sabendo da origem ilícita”, afirmou.
O delegado ressaltou ainda a importância do programa para a aproximação entre polícia e comunidade. “Quando a gente devolve um celular para a vítima, está devolvendo também dignidade. É fruto do trabalho da pessoa, que foi arrancado dela de forma criminosa. Esse projeto é permanente, para que a população saiba que a Polícia Civil monitora, investiga e vai responsabilizar quem participa dessa cadeia de receptação”, completou.
Outra vítima que teve o celular recuperado é Natália da Costa Rosa, de 35 anos, médica de família. Ela teve o aparelho furtado há cerca de sete meses, dentro da unidade de saúde onde trabalha,no Abranches, em Curitiba. “Foi um furto no trabalho, coisa de segundos. Saí de uma sala, voltei e o celular não estava mais. Fiz o boletim de ocorrência, mas sem nenhuma esperança de recuperar. Quando recebi o contato da Polícia Civil, achei que fosse trote. Hoje em dia tem tanto golpe que a gente fica com o pé atrás”, contou.
Natália diz que só acreditou quando percebeu que a mensagem vinha com o selo da Polícia Civil e que não havia qualquer pedido de pagamento. “Eles confirmaram informações do boletim e explicaram tudo direitinho. Foi quando acreditei. E deu certo! Fiquei muito feliz. Já tinha comprado outro, mas agora vou ficar com dois. Só posso agradecer pelo trabalho da polícia”, disse, sorrindo.
A analista de dados, Cintia Ramos, 34 anos, relatou ao Portal Nosso Dia a surpresa com a recuperação do celular. “Pois é, eu recebi a mensagem no WhatsApp que eu poderia pegar meu celular de volta e consegui, né, tá inteirinho. Fui roubada um ano atrás, na verdade furtada, né, um ano atrás do carnaval. Pegaram da minha bolsinha, assim, lateral, e não esperava recuperar de volta, né. A primeira vez que recebi a mensagem parecia golpe, parecia alguma coisa. Receber o celular um ano, mais de ano depois, esquisito”, disse, mostrando os aparelhos.