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A 6ª edição do Parlamento Universitário chegou ao fim nesta sexta-feira (25), após sete dias de atividades intensas e transformadoras, marcadas pela construção coletiva entre deputados universitários, suplentes, professores e a imprensa universitária. Aproximadamente 130 pessoas participaram da simulação legislativa, que promoveu uma imersão na rotina parlamentar e nos desafios da política, aproximando a vida acadêmica do universo institucional da Assembleia Legislativa do Paraná.
O último dia foi marcado por discursos contundentes e considerados polêmicos durante a Sessão Plenária final, protagonizados pelos parlamentares universitários. Temas como porte de arma, violência contra a mulher, abuso infantil, racismo e valorização das universidades públicas foram amplamente debatidos. Na etapa final, os deputados votaram os 48 Projetos de Lei restantes, com 40 aprovados, quatro rejeitados e quatro retirados no período da manhã. À tarde, os parlamentares e a imprensa universitária participaram da cerimônia oficial de encerramento.
A deputada Maria Eduarda Tonani (UENP), estudante de Direito do município de Jacarezinho, teve participação ativa na simulação parlamentar. “Estou aqui para me desafiar, eu vim aqui, não é o meu ambiente, mas me desafiar igual muitos outros deputados que estão aqui, que não são do curso de direito, não têm intenções políticas, mas estão aqui defendendo a sua verdades sua verdade de vida, então eu saí muito contente depois de muito trabalho”, reiterou a deputada.
Já Davi Gomes (FESP), integrante da Oposição e também estudante de Direito, teve quatro projetos aprovados durante a semana. Emocionado, destacou o aprendizado obtido na ALEP. “Eu me sinto mais maduro nas questões políticas, principalmente porque eu já trabalho na área e eu vi aqui dentro que você tem que saber dialogar com todos os lados, você tem que entender o espaço onde você está defendendo uma ideia”.
Dylliardi Alessi, diretor Legislativo da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, destacou a grandiosidade da edição, que contou com a participação de 25 instituições de ensino superior. “Os contatos, o network feito aqui é algo que fica para a vida e eu espero muito que esses deputados de universidades continuem em contato com os políticos e continuem também em contato conosco, nossa administração, nossos servidores da Assembleia. Que sempre foi um prazer atendê-los.”
Para a organização, as expectativas foram superadas. “Essa foi uma das edições melhor preparadas. Eles conseguiram ter, de fato, um impacto real em projetos de lei, de análises nas comissões, mas também nos mostrou. Mostrou como o exercício da prática política, da mediação, da conversa, do diálogo, da negociação propriamente dita, ainda é um desafio que a gente precisa perfeitas na sociedade”, destacou Jeulliano Pedroso, diretor da Escola do Legislativo.
A iniciativa inédita de inserir estudantes de Comunicação para a cobertura do evento foi fundamental para o sucesso do Parlamento. Os 16 universitários atuaram como repórteres externos, na comunicação institucional da Assembleia e como assessores parlamentares. Demonstraram dedicação ao longo da semana, indo além da cobertura factual para também abordar pautas sensíveis e relevantes ao debate público.
Mais do que denúncias, o Parlamento também foi uma vitrine para jovens profissionais posicionarem seus trabalhos – para muitos, uma primeira oportunidade concreta de atuar na área de comunicação, independentemente do caminho profissional que venham a seguir.
Natali Schovarts, estudante de Jornalismo da UFPR, atuou como repórter externa representando o Portal Umuarama News. Para ela, a experiência foi essencial para sua formação. “Você vê esse retorno do seu trabalho e entender como funciona a dinâmica dentro da comunicação cobrindo política foi muito importante, porque eu sempre quis participar dessa comunicação voltada para a política, então o jornalismo aqui dentro funciona muito bem e acho que foi muito importante para eu entender isso.”
Gustavo Juncker, estudante de Comunicação Organizacional da UTFPR, foi assessor de imprensa da governadora universitária Victória Bentes (Faculdade Inspirar). Produziu releases, notas oficiais, sugestões de pauta e escreveu discursos. “Acho que essa visão que a comunicação tem de permear os espaços, de conhecer e não precisar ceder aos seus princípios, porque a gente tem um olhar crítico, ajuda bastante. Então, ter um olhar crítico sobre a situação que estava tendo ali, ver como os deputados se articulam e como essa microesfera que reflete o que acontece na macro, é muito legal, foi muito especial.”
Roger Pereira, coordenador de Jornalismo da ALEP, acompanhou de perto o trabalho da imprensa universitária e destacou sua importância. “A imprensa pautou esse parlamento universitário e pelo material que vocês produziram, muita coisa, rumos do que aconteceu no parlamento foram tomados graças ao trabalho da imprensa. E deu dicas valiosas para os futuros comunicadores. “Nunca percam a curiosidade, nunca percam o interesse. Acompanhem o que está acontecendo na política do Estado, de vocês, do país, de vocês. Saibam quem são os nossos deputados e quem são as grandes lideranças do Estado. Saibam o que eles estão defendendo, quais são as posições deles”.
Com 97 projetos aprovados e 7 rejeitados, a 6ª edição do Parlamento Universitário chega ao fim. Ao todo, foram apresentadas 127 proposições: 123 Projetos de Lei, 2 Projetos de Lei Complementar, 1 Proposta de Emenda à Constituição e 1 Projeto de Decreto Legislativo.
*Sob supervisão da Equipe do Portal Nosso Dia
As reportagens sobre a cobertura do Parlamento Universitário (PU) fazem parte de uma parceria entre a Assembleia Legislativa (Alep-PR) e o Portal Nosso Dia. O objetivo é proporcionar aos estudantes de jornalismo que fazem parte do PU a vivência na prática do exercício da Comunicação.