PUBLICIDADE
/
ENTRETÊ

ParePegueEntreEntregue: O que são as bolinhas azuis no Centro de Curitiba?

(Foto: Divulgação)

09/10/24
às
9:17

- Atualizado há 1 mês

Compartilhe:

Pressa, surpresa, adesão imediata. São muitas as reações dos transeuntes que são abordados pelos participantes da performance ParePegueEntreEntregue, no centro de Curitiba. Desde o início do mês, o coletivo de artistas Grupo Em-cadeia deu início à ação que se espalha por diferentes pontos da cidade e irá culminar em uma instalação no Solar do Barão, no início do mês de novembro. O projeto tem texto crítico de Giovana Vespa e é realizado com recursos do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba.

Composto por Barbara Haro, Isabela Picheth, Luiz Moreira, Luiza Urban e Priscilla Durigan, o grupo convida o público a participar ativamente da criação da obra. Na performance, artistas caracterizados como homens-placa distribuem 10 mil esferas azuis, cada uma marcada com a inscrição “obra de arte”, propondo que os transeuntes as levem até o Solar do Barão. Lá, as esferas são depositadas em uma grande rede orgânica suspensa no pátio externo, formando, ao longo da ação, uma instalação coletiva.

Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui

Ao abordar as pessoas, os integrantes do grupo explicam rapidamente do que se trata e qual deve ser o destino da esfera. Muitos imediatamente se dirigem ao pátio do Solar repetindo o ato lúdico de ver o objeto caindo na rede junto a dezenas de outros. Também há reações negativas e até indiferença. 

(Foto: Divulgação)

Com vídeos exibidos em outdoors digitais e nos televisores dos ônibus, o projeto também instigará a participação de públicos em outras regiões da cidade, expandindo a discussão sobre o que define um objeto de arte e como ele pode ocupar espaços públicos. 

ParePegueEntreEntregue explora temas recorrentes da arte contemporânea, como o acesso e a democratização da cultura, enquanto tensiona as fronteiras entre museu e rua. A pesquisa do grupo investiga processos artísticos participativos,  levantando reflexões sobre o alcance real da arte e a relação entre artista, obra e público. “O insistente convite para que o espectador adentre ao museu, por meio de várias ações inspiradas na publicidade, coloca em pauta a sempre debatida questão do acesso à arte, depositando seu destino (a quantidade final de esferas na rede do museu) nas mãos de espectadores não familiarizados com a arte contemporânea”, afirma a crítica de arte Giovana Vespa.

(Foto: Divulgação)

A expectativa é que a performance impacte até 70 mil pessoas, incluindo estudantes, trabalhadores e apreciadores de arte, desafiando todos a serem coautores da obra. O projeto também conta com uma página na web, onde o grupo disponibiliza partes do processo e dados sobre o trabalho, ampliando o debate sobre o acesso à arte.

Todas as atividades envolvendo a performance são gratuitas.

TÁ SABENDO?

ENTRETÊ

© 2024 Nosso dia - Portal de Noticias