- Atualizado há 3 horas
O Paraná já registrou 15 mortes por leptospirose em 2025, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), do Ministério da Saúde. De janeiro a 16 de outubro, foram 1.435 casos suspeitos da doença no Estado, com 237 confirmações.
Diante do aumento das chuvas neste mês e das condições climáticas favoráveis à disseminação da bactéria Leptospira, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) emitiu um alerta à população sobre os riscos da doença, que é grave e pode levar à morte.
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A leptospirose é transmitida pelo contato direto ou indireto com a urina de animais infectados, principalmente ratos, por meio da água ou lama contaminadas. A infecção costuma se intensificar em períodos de chuva e enchentes, quando aumenta a exposição das pessoas à bactéria.
No mesmo período do ano passado, o Paraná havia registrado 1.686 notificações, 325 casos confirmados e 43 óbitos. Em todo o ano de 2024, foram 2.104 notificações, 433 confirmações e 50 mortes.
O secretário estadual da Saúde em exercício, César Neves, reforçou a preocupação com o cenário atual.
“Levando em conta as condições climáticas que propiciam a disseminação da bactéria no ambiente, cresce a preocupação com o surgimento de novos casos. Esse é um momento que exige atenção redobrada da população, pois a doença pode evoluir rapidamente para quadros graves, com comprometimento dos rins, hemorragias e até levar à morte”, alertou.
Nas formas mais graves da doença, o paciente pode apresentar icterícia (pele e olhos amarelados), hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que exigem internação hospitalar e podem resultar em óbito.
Segundo a Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações (DVVZI) da Sesa, é fundamental reforçar as ações de prevenção e controle da leptospirose especialmente durante a primavera e o verão, períodos de maior ocorrência de chuvas e enchentes.
Como não existe vacina contra a leptospirose no Brasil, os cuidados preventivos são a principal forma de proteção. Entre as medidas recomendadas estão lavar bem os alimentos, ter cuidado com a água consumida, manter quintais e terrenos limpos, evitar o acúmulo de entulhos e armazenar alimentos e rações em locais fechados e protegidos de roedores.
Durante o período de chuvas, a Sesa orienta evitar o contato com alagamentos e não permitir que crianças brinquem em locais com água acumulada, lagos ou córregos possivelmente contaminados. Após a baixa das águas, é importante retirar a lama e desinfetar o local com hipoclorito ou água sanitária, sempre utilizando botas e luvas de borracha para evitar o contato direto com a pele.
Os sintomas iniciais da leptospirose incluem febre, dor muscular (principalmente nas panturrilhas), dor de cabeça, náuseas, vômitos e falta de apetite. Ao apresentar esses sinais, a Sesa orienta que o paciente procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação médica e tratamento imediato.
Nos casos graves, podem surgir amarelamento da pele e dos olhos, tosse seca, falta de ar, insuficiência renal e hemorragias, o que exige atendimento hospitalar urgente.
*Com informações da AEN