A Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa-PR) investiga dois casos suspeitos da hepatite aguda de origem desconhecida em pacientes de oito e doze anos. Um terceiro caso foi descartado após exames. Até esta sexta-feira (6), cerca de 250 casos da doença já foram registrados, sendo um na Argentina, o único na América Latina.

De acordo com a Sesa, existe uma vigilância estabelecida para hepatite viral aguda (inflamação no fígado) causada pelos vírus comuns que causam a hepatite viral aguda, como o vírus da hepatite A, B, C, D e E. As cidades de origem dos pacientes não foram informadas, mas eles não são de Curitiba, já que, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, na capital nenhum caso é investigado.

“Diante das notícias internacionais de uma hepatite aguda de origem desconhecida em crianças, a Sesa está organizando o fluxo de vigilância e o apoio laboratorial e capacitando os serviços de saúde sobre a doença”, informou a Sesa por meio de nota.

Ao Nosso Dia, a Sesa informou que monitora diariamente as ocorrências dos casos e a evolução das investigações nos países que já tem casos.

Ainda não se sabe a origem da infecção registrada em crianças, principalmente, em países da Europa e Estados Unidos. A doença, porém, pode desencadear uma série de problemas, incluindo a necessidade de transplante de fígado e a morte.

Segundo a OMS, a hepatite é uma inflamação que atinge o fígado causada por uma variedade de vírus infecciosos (hepatite viral) e agentes não infecciosos. A infecção pode levar a uma série de problemas de saúde, que podem ser fatais. Os vírus comuns que causam hepatite viral aguda (vírus da hepatite A, B, C, D e E) não foram detectados em nenhum desses casos.

Embora a síndrome atinja pacientes de até 16 anos de idade, a maioria dos casos está na faixa de 2 a 5 anos. O quadro das crianças europeias é de infecção aguda. Muitos apresentam icterícia, que, por vezes, é precedida por sintomas gastrointestinais – incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos -, principalmente em pequenos de até 10 anos. A maioria dos casos não apresentou febre.