- Atualizado há 4 horas
Com um saldo migratório interno positivo e crescente presença de estrangeiros, o Paraná vem se consolidando como um dos principais destinos para quem busca recomeçar a vida no Brasil. De acordo com os dados mais recentes do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2017 e 2022, o estado recebeu 377.237 migrantes, sendo 327.943 vindos de outros estados e 49.294 estrangeiros que residiam fora do país.
Um dos destaques do levantamento é o número de estrangeiros que se naturalizaram brasileiros no Paraná: foram 32.394 naturalizações registradas no período, o que coloca o estado na segunda colocação nacional, atrás apenas de São Paulo (72.317). Isso representa cerca de 15% do total de naturalizações do país no intervalo analisado.
Entre os migrantes que chegaram de outros estados, São Paulo lidera como origem de maior fluxo, com 105.546 pessoas que deixaram o estado mais populoso do Brasil para morar em território paranaense. Na sequência aparecem Santa Catarina (55.870), Rio Grande do Sul (16.713), Mato Grosso do Sul (15.956) e Rio de Janeiro (15.064).
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No mesmo período, 242.898 paranaenses deixaram o estado, o que resultou em um saldo migratório interno positivo de 85.045 pessoas — o 5º maior do Brasil — e uma taxa líquida de migração de 0,74%, indicando que o crescimento da população local foi impulsionado, em parte, por esse fluxo migratório.
Entre os estrangeiros residentes no Paraná, os venezuelanos representam o maior grupo, com 22.125 pessoas, seguidos por paraguaios (7.709), haitianos (3.971), argentinos (1.787) e colombianos (1.155). O estado também acolhe imigrantes de diversas partes do mundo, incluindo norte-americanos, europeus, asiáticos e até australianos, somando representantes de 71 nacionalidades diferentes.
O IBGE também identificou que a presença estrangeira está fortemente ligada à procura por melhores condições de vida e trabalho. O Paraná, nos últimos anos, adotou políticas públicas de acolhimento e integração para imigrantes e refugiados, incluindo a criação da Superintendência de Governança Migratória, vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania, além de manter um centro estadual de informações para migrantes no centro de Curitiba.
A rede estadual de ensino também reflete essa diversidade: mais de 15 mil estudantes estrangeiros frequentam as escolas paranaenses, com atendimento que considera as diferenças linguísticas e culturais.
O cenário reforça a posição do Paraná como um dos principais pontos de chegada e permanência para quem busca refazer sua história em território brasileiro, somando diversidade cultural, acolhimento e oportunidades de inclusão social.