- Atualizado há 1 dia
Juliane Kerecz, 26 anos, e Renãn Serighelli, 38 anos, moram em um apartamento no começo da Alameda Carlos de Carvalho, quase esquina com a Rua Desembargador Ermelino de Leão, no Centro de Curitiba. Das amplas janelas do imóvel, o jovem casal tem como cenários o charmoso Largo Ermelino de Leão, à esquerda, onde fica a loja de departamentos Americanas, e os prédios comerciais, bem em frente, que misturam estilos arquitetônicos de diferentes fases do crescimento do bairro.
“Morar no Centro é viver as várias ´Curitibas´. É o bairro mais completo da cidade. Viemos por necessidade de trabalho da Juliane, eu me apaixonei pelo bairro e se puder não saio mais daqui”, garante Renãn, que é publicitário, influencer digital e cosplayer.
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A decisão do casal de se mudar para a Carlos de Carvalho ocorreu há um ano, antes de o prefeito Eduardo Pimentel lançar o projeto Curitiba de Volta ao Centro. Se depender das ações previstas para o redesenvolvimento do bairro, Juliane e Renãn vão continuar a viver as diferentes “Curitibas” da região central.
A ida do casal para o Centro, acompanhado das fiéis Bina e Dakota, duas animadas cachorrinhas sem raça definida, coincidiu com o casamento deles. Antes, cada um morava em um bairro: ela no Barreirinha, ele no Portão. “Viemos por conta do meu trabalho que era aqui perto de casa. Hoje, eu não estou mais no mesmo emprego, mas o Centro agora faz parte da nossa vida”, afirma Juliane, que é atriz e também trabalha no comércio da família.
É entre a Biblioteca Pública e a Praça Tiradentes, o Centro Histórico, as praças Osório e Rui Barbosa e o vai e vem de pedestres pela Rua XV de Novembro que Renãn enxerga no bairro a alma da Curitiba. “O Centro é aquele lugar em que a gente tem o prazer de poder se misturar com todo mundo e se surpreender com diferentes imagens”, afirma o publicitário.
Renãn também é entusiasta do Centro pelas opções de comércio, diversão, história, cultura e residências, algo que em Curitiba, diz ele, só se encontra – tudo reunido – no bairro. “Quando você está no centro da cidade, você para e fica observando o contraste de arquiteturas, muitas vezes o antigo e o novo lado a lado. Nos bairros você não tem esta mesma sensação”, afirma ele.
O publicitário ainda aponta outra vantagem de morar no Centro: o bom custo-benefício tanto para alugar como para comprar imóveis. “Nós moramos em um apartamento de 120 metros quadrados, com amplos cômodos, aqui na Carlos de Carvalho. Se fosse no bairro, pelo mesmo valor seria um apartamento bem menor”, explica Renãn.
Juliane vai ao mercado, ao Sacolão da Família da Rua da Cidadania da Matriz, a lojas, a padarias e as feiras a pé. Na hora de garimpar produtos com preços mais em conta, ela não precisa ir muito longe. “Aqui tem variedade e os preços são muito bons. Inclusive, acredite, já paguei mais barato por tecido e roupa íntima aqui do que na Rua 25 de Março, em São Paulo”, garante ela. A 25 de Março é a mais famosa rua de comércio na capital paulista, com preços baixos.
A variedade de transporte público também é destaque, salienta Juliane. “Você tem acesso fácil a todos os bairros, seja de Ligeirão ou os ônibus alimentadores, quase todas as linhas nascem ou fazem conexão por aqui”, conta ela.
Juliane e Renãn representam a maioria da faixa etária de moradores do Centro. Segundo o estudo Conheça o Centro, do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc), das 38,6 mil pessoas que moram no bairro, 50% têm entre 20 e 39 anos. Os outros 50% se dividem entre moradores entre 40 e 59 anos (20%), mais de 60 anos (20%) e entre 0 e 19 anos (10%).