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A inauguração de um painel artístico na fachada da sede da Associação Comercial do Paraná (ACP), em pleno calçadão da Rua XV de Novembro, celebra os 135 anos da entidade e o compromisso da ACP com sua memória e o projeto Curitiba de Volta ao Centro. Na cerimônia, realizada nesta terça-feira (1/7), o prefeito Eduardo Pimentel agradeceu a iniciativa da entidade de instalar o mural de 30 metros de altura em homenagem ao fundador da ACP, Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul (1849-1894).
“O compromisso do Barão do Serro Azul com o desenvolvimento de Curitiba e do Paraná é inspirador para todos nós e está alinhado à nossa determinação de avançar nas conquistas da capital e em promover o redesenvolvimento da região central com o projeto Curitiba de Volta ao Centro. A ACP com a entrega deste painel artístico homenageia um homem que defendeu seus ideais e Curitiba e também está deixando o Centro muito mais bonito para seus moradores e visitantes”, justificou Eduardo Pimentel.
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O painel, assinado pelo muralista e grafiteiro curitibano Fernando Ferlim, conhecido como Gardpam, destaca símbolos da cultura e da paisagem paranaense, como a araucária e a rosácea, trabalhados em tons de preto e branco.
Para o presidente da ACP, Antônio Gilberto Deggerone, a iniciativa reforça os princípios que norteiam a entidade desde sua fundação. “A trajetória do barão nos inspira a cultivar a iniciativa, o esforço, o amor pelo trabalho e o compromisso com a coletividade, valores de um verdadeiro empreendedor que marcou a história com coragem e visão”, destacou ele.
Ainda de acordo com o presidente da ACP, o painel artístico reflete o compromisso da instituição com a preservação da memória histórica. “É um incentivo à arte urbana no Centro e a valorização da identidade local”, acrescentou ele.
O vice-prefeito e secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Paulo Martins, disse que a ACP honra o legado do Barão do Serro Azul com esta homenagem. “Ildefonso Pereira Correia, mesmo tendo um fim trágico, assumiu sua responsabilidade com Curitiba e os paranaenses”, frisou ele.
Maior exportador de erva mate do mundo, o Barão do Serro Azul morreu executado pelas tropas governistas durante a Revolução Federalista. Ele liderou a resistência contra a invasão de Curitiba durante a revolução, mas sua tentativa de negociação com os revoltosos (denominados “maragatos”) foi vista como traição pelos governistas, levando à sua morte.
Segundo o artista urbano Gardpam, a proposta do mural é justamente criar essa conexão com a arquitetura clássica da região central. “A ideia do painel é que ele converse com o estilo das construções vizinhas, como o prédio da UFPR e dos Correios”, afirma o artista, que dedicou quase um ano ao projeto, desde sua concepção até a conclusão.
*Com informações da SMCS
