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Há exatos 15 anos, em 20 de abril de 2008, o pároco Adelir Antônio de Carli, de 41 anos, decolava em uma cadeira presa a 1 mil balões rumo a uma viagem que terminou em um episódio trágico. Conhecido como “Padre do Balão”, Carli partiu da cidade de Paranaguá, no litoral do Paraná, e tinha intenção de chegar a Dourados, no Mato Grosso do Sul, em um voo programado para durar cerca de 20 horas.
Sustentado por balões de gás hélio, Adelir subiu voo às 13h daquele dia mesmo com o céu nublado e previsão do tempo incerta. Munido de paraquedas, GPS, celular, roupa térmica e outros itens que auxiliariam em sua sobrevivência, o padre partiu e chegou a alcançar uma altitude de quase 6 mil metros acima do nível do mar, quase o dobro do programado.
O padre já havia realizado o feito no dia 13 de janeiro daquele ano, após ter saído de Ampére, no sudoeste do Paraná, e pousado em San Antonio, na Argentina, também com balões de gás hélio.
Na sua segunda viagem, porém, Carli foi dado como desaparecido após relatar problemas com o GPS. Por volta das 21h de 20 de abril de 2008, já em Santa Catarina, ele conseguiu falar com a Polícia Militar pela última vez.
Meses depois, após procura realizada por diversas autoridades — principalmente no mar do estado catarinense —, os restos mortais do “Padre do Balão” foram localizados no mar, porém no Rio de Janeiro. Os restos foram encontrados no dia 4 de julho de 2008, e a identidade do padre foi confirmada por meio de exames de DNA.
Atuante na luta por direitos humanos, o padre possuía um projeto dedicado aos caminhoneiros de Paranaguá e decidiu se arriscar na aventura para angariar recursos para a ação.