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Organizações acusadas de tráfico internacional são alvos da PF e mandados são cumpridos na RMC

Pessoas aliciadas eram preparadas para se passarem por turistas e assim levar a droga para o exterior
Pessoas aliciadas eram preparadas para se passarem por turistas e assim levar a droga para o exterior

Redação Nosso Dia

20/09/22
às
7:43

- Atualizado há 3 anos

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Três organizações criminosas, acusadas de tráfico internacional de drogas, são alvos da Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (20). Os mandados são cumpridos em cidades do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.

Divulgação PF

A PF atua em conjunto com o Centro de Operações Especiais (Cope) e a Interpol. Durante as investigações, participaram ainda as polícias da Espanha, Suíça e Portugal. O apoio aéreo nesta terça-feira é da Polícia Militar.

Dentre as cidades da região metropolitana em que são cumpridos mandados estão: Curitiba, Contenda, Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Pinhais, Piraquara, e São José dos Pinhais. No interior: Arapongas e Francisco Beltrão. Paranaguá, no Litoral, também está na lista. Os demais mandados são cumpridos em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo; Balneário Camboriú e Barra Velha, em Santa Catarina.

Durante a investigação, que iniciou no ano de 2017, foi possível efetuar aprofundamento do modus operandi destas organizações criminosas, o que possibilitou à Polícia Federal compreender o funcionamento de todas as etapas dos crimes praticados, desde a cooptação de aliciados (vulgarmente chamados de “mulas”), a preparação das malas contendo a droga, a compra de passagens e hospedagens, a orientação e os roteiros para aliciados, até a última etapa, consistente na entrega da droga para os traficantes no exterior.

As pessoas aliciadas eram preparadas para se passarem por turistas e assim levar a droga para o exterior, em especial para a Europa, Ásia e Oriente Médio. Por vezes, as organizações criminosas convenciam os aliciados para levarem seus próprios filhos menores nestas viagens, como mais uma forma de tentar ludibriar a fiscalização.

Estes grupos causaram grave prejuízo social, uma vez que cooptam jovens que não possuem histórico criminal, geralmente pessoas de baixa renda, sob promessas de lucros fáceis e exorbitantes, iludindo-os com a possibilidade de viagens à Europa com todas as despesas pagas, inclusive aquisição de vestuário para a viagem.

Hoje estão sendo cumpridos 7 mandados de prisão preventiva no Brasil, 3 mandados de prisão na Europa (dois na Espanha e um em Portugal), 80 mandados de busca e apreensão, bem como ordens de bloqueio de contas bancárias, sequestros e apreensões de imóveis e veículos de luxo, visando a descapitalização dos grupos.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico transnacional de entorpecentes, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem cumulativamente chegar a 33 anos de prisão.

Duplo Risco

A expressão “Duplo Risco” remete ao fato de que muitos dos aliciados “mulas” viajaram do Brasil para a Europa transportando cocaína e no retorno trouxeram para este país drogas sintéticas correndo, portanto, o risco de serem presos duplamente em cada viagem.

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