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Operação prende sete pessoas investigadas por desvio e adulteração de fertilizantes no Paraná

A ação aconteceu na manhã desta quinta-feira (23), simultaneamente em Curitiba, Wenceslau Braz e Cascavel, no Paraná, e em Miracatu, em São Paulo
Foto: Cristiane Cardoso/Sesp
A ação aconteceu na manhã desta quinta-feira (23), simultaneamente em Curitiba, Wenceslau Braz e Cascavel, no Paraná, e em Miracatu, em São Paulo

Redação*

23/10/25
às
16:02

- Atualizado há 6 segundos

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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu sete pessoas suspeitas de participação em uma organização criminosa especializada no desvio e na adulteração de fertilizantes. A ação aconteceu na manhã desta quinta-feira (23), simultaneamente em Curitiba, Wenceslau Braz e Cascavel, no Paraná, e em Miracatu, em São Paulo.

Os policiais civis cumpriram sete mandados de prisão. Entre os presos está um empresário que foi capturado no interior de São Paulo pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Também foram cumpridas nove ordens de busca e apreensão e outras oito de bloqueio de contas bancárias. A operação visou desmantelar um esquema responsável por gerar perdas a produtores rurais e prejudicar diretamente a produtividade agrícola.

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As investigações tiveram início em novembro no ano passado, quando a PCPR prendeu cinco pessoas em flagrante em um barracão clandestino localizado em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Na ocasião, os policiais flagraram a adulteração de uma carga de fertilizantes que havia sido desviada pelo motorista do caminhão.

Durante a abordagem, o dono do local tentou subornar os policiais oferecendo o valor de R$ 150 mil e foi autuado em flagrante pelo crime de corrupção ativa. Os demais envolvidos na adulteração foram presos por associação criminosa e receptação qualificada. Um deles admitiu que parte da carga original já havia sido desviada, enquanto outra parte seria transportada com nota fiscal adulterada.

A investigação que se seguiu apurou que no barracão de Araucária haviam sido realizadas entre 20 e 30 adulterações de cargas de fertilizantes agrícolas. “Apuramos que o grupo chegou a fazer alterações de duas a três cargas em um único dia. Cada uma delas custa em torno de R$ 200 mil, fazendo com que, em um período de um a dois meses, a movimentação financeira estimada seja de R$ 4 milhões”, destaca o delegado da PCPR André Feltes.

Esse material era enviado ao interior do Paraná e para outros estados brasileiros. Para ocultar a atividade, os suspeitos simulavam que no local estava sediada uma empresa lícita, com maquinário e funcionários contratados.

A prática consistia em misturar calcário e cálcio tingidos com corantes para que ficassem na mesma tonalidade do fertilizante. A estimativa é que o produto adulterado ficasse com apenas 5% da eficácia do original, prejudicando a produtividade das lavouras.

“Com a análise de celulares apreendidos na ação de Araucária, chegamos à identidade do indivíduo responsável por criar empresas de fachada para a emissão de notas fiscais frias para que esses fertilizantes fraudados pudessem ser transportados com aparência de legalidade. Esse homem chegava a receber R$ 500 por nota fiscal emitida”, explica 

A investigação também identificou a empresa para a qual as cargas eram levadas e posteriormente comercializadas como se fossem de origem lícita. O negócio está sediado em Piraquara, na RMC, e tem representações em São Paulo e em Santa Catarina. O dono desta empresa era responsável por negociar com o proprietário do barracão clandestino de Araucária e enviava valores de forma antecipada para que ele cooptasse motoristas de caminhão para que estes desviassem as cargas.

Além do responsável pelas notas frias e os dois proprietários, a PCPR prendeu motoristas de caminhão, um funcionário da empresa de Piraquara que era responsável por avaliar as cargas e um indivíduo que coordenava as operações de adulteração dos fertilizantes. Eles foram encaminhados ao sistema penitenciário.

*Com informações da Polícia Civil

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