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Gleisi rebate Ratinho Jr e diz que VLT não pode ser feito apenas com recurso próprio; Governo Federal anunciou R$ 2 bilhões para obra

Ministra das Relações Institucionais esteve em Curitiba para o Mutirão Agora Tem Especialistas e destacou que a obra depende de investimentos conjuntos entre União e Estado
Ministra Gleisi Hoffmann. Foto: Portal Nosso Dia
Ministra das Relações Institucionais esteve em Curitiba para o Mutirão Agora Tem Especialistas e destacou que a obra depende de investimentos conjuntos entre União e Estado

Vitoria Santin e Angelo Binder

13/09/25
às
15:38

- Atualizado há 45 segundos

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Após o anúncio de R$ 2 bilhões do Governo Federal para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) entre Curitiba e São José dos Pinhais, a ministra das Relações Institucionais Gleisi Hoffmann defendeu que o projeto precisa acontecer em conjunto. A fala dela rebate uma declaração do governador Ratinho Júnior (PSD) sobre o Paraná não ter interesse em recursos provenientes de empréstimos. A ministra participou do mutirão “Agora Tem Especialistas”, realizado no Hospital de Clínicas, na manhã de sábado (13), na capital paranaense. “O VLT é um projeto que está sendo realizado em parceria e conjunto, e não tem como você fazer um investimento desta monta com recurso próprio”, disse Gleisi ao Portal Nosso Dia.

Para Gleisi, obras dessa magnitude não são viáveis apenas com recursos estaduais e municipais. “Não seria possível a realização de uma grande obra como essa sem o investimento de ambos os lados. Reafirmamos a parceria do Governo Federal com a capital paranaense para que esse projeto se torne realidade”, afirmou.

Além de defender o VLT para Curitiba, Gleisi destacou que a iniciativa pode ser expandida a outras regiões metropolitanas do Paraná. “A ideia é que, se tivermos um projeto vencedor aqui, que der certo, possamos atender outras regiões metropolitanas das grandes cidades do estado. Claro, sempre pensado com os municípios, porque você não tem como fazer uma intervenção dessa sem ter o aval dos prefeitos e prefeitas”, afirmou.

Sem interesse

No último dia 4 de setembro, em Pinhais, o governador Ratinho Júnior foi questionado pela imprensa sobre a importância do anúncio de aporte de R$ 2 bilhões para o VLT, projeto em fase de estudo de viabilidade técnica, coordenado pela Agência de Assuntos Metropolitanos do Governo do Paraná (Amep). “Se vier algo concreto, a gente fica feliz. Mas pelo que eu vi, não é um recurso do governo federal. Seria disponibilizado um empréstimo. Eu não sei se a prefeitura (Curitiba) está à disposição de pegar um dinheiro de R$ 2 bilhões. O governo não tem interesse em empréstimo. A gente não quer se endividar. A gente quer trabalhar com as nossas próprias pernas, até porque qualquer endividamento vai custar para o cidadão.” disse.

O governador ainda completou. “Agora, se tiver uma ideia boa, que eu não vi o projeto, não vi os estudos, mas que possa colaborar com a região metropolitana de Curitiba e tiver um dinheiro que não custe para o cidadão, estamos à disposição”, disse.

Estudos feitos pelo Governo do Paraná

O projeto para implantação de um sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) entre Curitiba e São José dos Pinhais passará por um estudo técnico de viabilidade.

A proposta é substituir os ônibus expressos (BRT) do Eixo Boqueirão pelo VLT, estendendo a linha até o Aeroporto Afonso Pena, com passagem pelo Terminal Central de São José dos Pinhais. O corredor que hoje conecta o Terminal Boqueirão à Praça Carlos Gomes, no Centro de Curitiba, também deve ser ampliado até o Museu Oscar Niemeyer, no Centro Cívico.

O trajeto previsto terá 21,5 km de extensão.

Modal

O VLT, mais leve que um trem, tem menor capacidade de passageiros e opera com baixo nível de ruído. Em Curitiba, a ideia é aproveitar as canaletas exclusivas dos ônibus, adaptando-as para a circulação dos trilhos do novo sistema.

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