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Um professor de 61 anos foi afastado de um colégio estadual em Iporã, no interior de Paraná, por ter sacado uma arma de fogo da bolsa em sala de aula e ameaçado alunos do sétimo ano do ensino fundamental. A situação aconteceu após ele ter sido atingido por uma bolinha de papel.
O caso está sendo investigado, e o afastamento do docente por 90 dias foi autorizado pela Justiça. A Polícia Civil foi acionada pela direção do colégio após relatos de pais de alunos.
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De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), a ameaça em sala de aula aconteceu em agosto deste ano, no Colégio Estadual de Iporã, onde o professor dá aulas de artes. Já o afastamento foi confirmado pela promotoria nesta terça-feira, 21.
“As investigações dão conta de que este professor da rede estadual de ensino teria recebido durante a aula uma bolinha de papel, vindo de algum estudante. Nesse momento, segundo o apurado, teria retirado de sua mochila uma suposta arma de fogo, exibido aos alunos e intimidando-os dizendo que ‘não sabiam com quem estava mexendo’”, contou o promotor Filipe Rocha e Silva.
A polícia analisou imagens de câmeras de segurança instaladas na sala de aula, que comprovaram a conduta do professor. Ao ser questionado pela direção do colégio e pela polícia, o profissional alegou que se tratava de uma brincadeira e que a arma era um simulacro usada em aulas de teatro.
“[O afastamento foi para] preservar a investigação e a integridade física e psicológica dos alunos enquanto a investigação prossegue com a finalidade de, principalmente, apurar se era uma arma de fogo ou um simulacro”, afirmou o promotor.
O professor está sendo investigado por possível crime de ameaça, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e por submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou constrangimento.
No pedido de afastamento do docente, a promotoria sustentou que “não se trata de conduta adequada de um professor de adolescentes, expondo-os à relativização de violências e incentivando ao uso de armamento, independente de qual seja o contexto ou suposta brincadeira por ele realizada.”
Caso o professor descumpra o afastamento, a Justiça poderá decretar a prisão preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Em nota, a Secretaria de Educação do Paraná informou que o docente permanece afastado e que a pasta “cumprirá integralmente as decisões e orientações do Ministério Público”.