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Neymar fala em jogar ‘até de goleiro’ e diz que contrato com o Santos pode ser prorrogado

Ao chegar do Al-Hilal, pelo qual pouco jogou na Arábia Saudita, Neymar já garantiu a vontade de estar em campo e a sede de vitória
RaulBaretta_Photo / Santos FC
Ao chegar do Al-Hilal, pelo qual pouco jogou na Arábia Saudita, Neymar já garantiu a vontade de estar em campo e a sede de vitória

Estadão Conteúdo

01/02/25
às
8:09

- Atualizado há 6 horas

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Neymar chorou ao falar do seu pai na primeira coletiva que concedeu como novo jogador do Santos. Ele contava sobre o papel de Neymar pai no retorno e relembrava sua história até chegar na Vila Belmiro ovacionado por mais de 10 mil santistas nesta sexta-feira.

Ao chegar do Al-Hilal, pelo qual pouco jogou na Arábia Saudita, Neymar já garantiu a vontade de estar em campo e a sede de vitória. “Com a vontade que eu estou, até de goleiro eu jogo. Estou muito tempo longe dos gramados. Tive dois jogos no Al-Hilal, depois da minha lesão. Não pude ter minutos, o tempo que queria para poder voltar. Obviamente, na posição de 10 eu me aperfeiçoei mais nos últimos anos. Desde que eu fui para o PSG, jogo nessa posição. Seja de 9, de volante, meia, eu estou aqui para jogar”, comentou sobre seu estilo de jogo.

O camisa 10 voltou a falar sobre a recepção da torcida, ao mencionar que se sente feliz em Santos. “Quando pisei aqui, senti o carinho da torcida. Me fez voltar aos, 16, 17 anos. Me fez muito feliz. Hoje volto com outra maturidade, outro homem, com uma família linda. Vim aqui para ser feliz”, refletiu.

A maturidade de Neymar é outra, ele mesmo faz questão de dizer. Enquanto um dia o principal sonho do craque era ser melhor do mundo, hoje seu desafio é somar ao coletivo santista, que vive dificuldades no Paulistão.

“Mudei tudo. Estou mais barbudo, mais forte. Acho que mudaram muitas coisas. O estilo de jogo também. Se eu tivesse a mentalidade de agora, naquela época, seria completamente diferente. Você vai aprendendo, criando casca. Vai errando ali, acertando aqui. Vai se reerguendo. A vida é assim em qualquer trabalho. É difícil se manter, tem momento que você vai ter uma queda e vai ter de se reerguer. O cara de hoje vai ajudar o Santos, de todas as formas”, frisou.

Ele ainda destacou que não vai ser apenas ele que vai resolver a situação. “Se fosse tênis, eu me garantia. Mas futebol é um esporte coletivo. Não existe, no mundo, um jogador que possa ganhar tudo sozinho”.

Ao ser questionado sobre o momento da decisão do retorno, o jogador foi sincero e admitiu que não imaginava um retorno no começo do mês. “Tenho algumas decisões que fogem da lógica do futebol. E algumas são impactantes. Confesso que em janeiro, começo de janeiro, não imaginava voltar para o Santos, nem sair do Al-Hlal. Tava muito feliz lá. Adaptado e cheio de vontade de jogar. As coisas aconteceram, e eu tive que tomar uma decisão. Então surgiu a oportunidade de poder voltar. Não pensei duas vezes. Desde o primeiro dia já tinha comunicado que queria voltar ao Santos. Deu tudo certo”, celebrou.

Já para os santistas que estão mais ansiosos sobre uma renovação com Neymar, o camisa 10 confirmou a possibilidade de renovação. Entretanto, ele disse ser muito cedo para falar no assunto. “Acho que o Santos me deu uma oportunidade de poder voltar. Obviamente que abri mão de muita coisa para poder estar aqui. Foi o casamento perfeito. Um momento que era inimaginável para ambas as partes. E aconteceu. Resolvemos fazer um contrato de seis meses, que pode ser prorrogado, mas a gente não sabe o dia de amanhã. Não é nada que depois de seis meses eu vou embora. Pode ser prolongado. Não adianta nada eu voltar aqui com nome. Voltei para jogar, ser feliz, fazer muitos gols e ajudar a equipe do Santos da melhor maneira possível”, concluiu.

O Santos joga contra o São Paulo neste sábado, pela sexta rodada do Paulistão, às 20h30, na Vila Belmiro. Neymar deve apenas assistir. Ele pode fazer sua reestreia na quarta-feira, contra o Botafogo de Ribeirão Preto, novamente no estádio santista.

“Pelo Pedro Caixinha, pelo que escutei, é um treinador muito competente, que gosta de jogar para frente, muito agressivo. É o DNA do Santos, a gente gosta disso. E falta tempo. Requer tempo para consertar erros. Todo mundo sente falta de confiança quando o time não tá bem. Sei do meu papel, quem eu me tornei hoje, quem eu sou. Vim para ajudá-los. Vim para ser mais um que vai estar correndo, dando a vida”.

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