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“Não elegeu nem o irmão vereador”, rebate Moro após duras críticas de Leprevost

Em postagem na rede social X, Moro afirmou que a ideia de ter Rosângela Moro (esposa do senador) na chapa foi de Leprevost
Sérgio Moro, Rosângela e Leprevost em entrevista coletiva (Foto: Geovane Barreiro - Nosso Dia)
Em postagem na rede social X, Moro afirmou que a ideia de ter Rosângela Moro (esposa do senador) na chapa foi de Leprevost

Redação Nosso Dia

16/10/24
às
14:17

- Atualizado há 4 semanas

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O senador do Parana, Sérgio Moro (União Brasil), rebateu as críticas do companheiro de partido, Ney Leprevost, sobre a postura que teve durante as eleições municipais em Curitiba e afirmou que o deputado estadual não conseguiu sequer eleger o irmão, Alexandre Leprevost (União Brasil). Em postagem na rede social X, Moro afirmou que a ideia de ter Rosângela Moro (esposa do senador) na chapa foi de Leprevost.

“Ney Leprevost não conseguiu nem eleger o irmão vereador e quer, com mentiras na Folha de São Paulo, transferir a responsabilidade pelo fracasso de sua candidatura a prefeito a terceiros. A verdade é uma só: convidou e insistiu para que Rosângela fosse sua vice. Após um pedido da direção nacional do partido, entramos para ajudar, o que estancou a queda do candidato nas pesquisas. Mas não conseguimos prosseguir, pois nem eu, nem minha esposa ou o União Brasil nacional pudemos influenciar na campanha”, afirmou.

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À Folha, Leprevost afirmou que pode ter começado a perder a campanha para prefeito quando aceitou o pedido do diretório nacional do União Brasil de colocar a mulher de Moro como vice. “Moro atrapalhou bastante. Não que seja culpa dele o fato de eu não ter vencido, mas ele atrapalhou bastante. E ele é ruim de lidar, de difícil trato, vaidoso. Eu gosto da Rosângela, ela é boa gente, uma querida. Mas o Moro atrapalhou. Ele começou a achar que o candidato era ele. E ele agregou muita rejeição à campanha. Porque ele é visto em Curitiba como o carrasco do Lula e o traidor do Bolsonaro”, falou

Ainda na rede social X, Moro disse que Leprevost não se elegeu porque se aventurou em conseguir eleitores de todos os lados. ” O problema é que a população não aguenta mais a velha política de candidatos que se apresentam sem posições claras. Ney aventurou-se na busca por eleitores de todos os lados e junto com seu irmão recebeu nas urnas o que merecia. Repudio os ataques pessoais que fez contra mim, mas o recado a ele já foi dado pelo povo de Curitiba, povo este que agradeço pelo carinho e apoio que sempre me deu, seja no contato pessoal ou nas urnas, com os quase dois milhões de votos para o Senado”, concluiu.

Duras críticas

Ainda na entrevista, o deputado estadual destacou que, como o ex-procurador Delta Dallagnol (Novo) apoiava Eduardo Pimentel (PSD), nem mesmo o eleitor simpático a Lava Jato Moro conseguiu trazer. A situação chegou ao extremo em que Leprevost confirmou que não falava mais com o senador no fim da campanha.

“Ele queria ficar saindo na propaganda de televisão. Mas eu só tinha 1 minuto e 12 segundos de televisão. Não podia ficar colocando ele o tempo todo. E ele ficou bravo e largou a campanha no final. A partir do momento que ela virou minha vice, o Moro passou a achar que eu era um fantoche dele, para ficar fazendo a pré-campanha dele de governador. E eu era um candidato para competir de verdade. Aí começou a ter um estresse. Ele começou a plantar por aí que ele estava sendo boicotado na campanha”, disse à Folha.

Como Moro quer se candidatar ao Governo do Paraná em 2026, Leprevost contou que, se isso acontecer, terá que deixar o partido. “Eu não quero caminhar politicamente com Moro. E acho que ele também não quer caminhar comigo. Eu não estarei com ele para o governo em 2026. Se ele for o candidato do União Brasil, eu terei que sair do partido. Não sou inimigo do Moro, não quero mal dele, mas também não quero papo com ele”, concluiu.

Sobre o apoio para o 2° turno em Curitiba, em que Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD) disputam, Leprevost confirmou que o União Brasil de Curitiba optou pela neutralidade, liberando os filiados.

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