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A primeira sessão do ano na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), na tarde desta segunda-feira (5), foi marcada mais uma vez pelo silêncio com relação ao caso de confissão do recebimento de propina pelo presidente da Casa, o deputado estadual Ademar Traiano (PSD), em acordo fechado com o Ministério Público (MP) em dezembro de 2020. O parlamentar não compareceu ao espaço destinado à imprensa e não citou o tema no discurso de abertura do ano Legislativo.

O tradicional dia de abertura dos trabalhos do Legislativo não teve a presença do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). Representando o Executivo estava o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega. Além disso, Traiano passou direto pelo espaço da imprensa, onde tradicionalmente o presidente da Casa fala sobre como será o trabalho durante o ano.

Traiano é o centro das atenções após serem divulgadas as informações sobre o processo em que ele confessou que pediu e recebeu propina de Vicente Malucelli, empresário que tinha um contrato de prestação de serviço com a Assembleia Legislativa.  O deputado Renato Freitas representou contra Traiano no Conselho de Ética e uma definição para o prosseguimento ou não do caso, por uma possível quebra de decoro parlamentar, ficará para a Mesa Diretiva da Casa, a qual o parlamentar comanda.

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Para o deputado Fábio Oliveira (Pode), que cobra a renúncia de Traiano, o silêncio do presidente da Alep e da maioria dos deputados é motivo de preocupação. "Silêncio é o que tem acontecido na Casa de uma forma geral e em outros poderes também. Gostaríamos de numa manifestação dos outros poderes, dos próprios institutos e entidades. Queremos que a população se manifeste. Hoje foi feito o discurso como se nada tivesse acontecido. É um mal recado sendo dado para a população paranaense", afirmou.

Deputado Fábio Oliveira (Pode) - Foto: Valdir Amaral - Alep

Para o parlamentar, a possível quebra do sigilo do processo será importante para surgirem novas informações sobre o caso. "No recesso trabalhei mais sobre este caso e recebi a informação do MP que o sigilo será homologado. O desembargador que fará isso está de férias e deve retornar no dia 7 de fevereiro. Nossa atitude não muda, que é a de pedir a renúncia como presidente da Casa, pela questão que envolveu a reputação da Alep", concluiu.