PUBLICIDADE
Brasil /
BRASIL

Muro subterrâneo, engorda da faixa de areia e macrodrenagem: as obras na orla de Balneário Camboriú

Um dos efeitos que têm levado às intervenções é o da erosão costeira, que ocorre quando a praia perde mais sedimentos do que recebe e, com isso, a sua linha de costa começa a recuar
Prefeitura constrói um muro subterrâneo de 6 km para proteger a orla da maré alta. Foto: PREFEITURA DE CAMBORIU
Um dos efeitos que têm levado às intervenções é o da erosão costeira, que ocorre quando a praia perde mais sedimentos do que recebe e, com isso, a sua linha de costa começa a recuar

Estadão Conteúdo

14/09/25
às
9:30

- Atualizado há 26 segundos

Compartilhe:

A orla de Balneário Camboriú, destino turístico do litoral catarinense, foi transformada em um canteiro de obras em resposta às mudanças climáticas. Um dos efeitos que têm levado às intervenções é o da erosão costeira, que ocorre quando a praia perde mais sedimentos do que recebe e, com isso, a sua linha de costa começa a recuar.

Entre as obras estão a construção de um muro subterrâneo e a macrodrenagem, atualmente em execução, e o alargamento da faixa de areia por meio de um processo chamado de engordamento, já finalizado.

Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui

O poder municipal vem construindo um muro subterrâneo de 6 mil metros de extensão na Praia Central, a principal da cidade. A estrutura de concreto foi projetada para conter a erosão marinha e segurar a areia da praia, que já foi alargada por meio de uma técnica chamada engordamento (veja mais abaixo).

Segundo a prefeitura, a obra foi dividida em trechos. O primeiro, com 1,5 km de extensão, está em obras desde o início de agosto. A estrutura vai da Rua 3920 até o molhe da Barra Sul, onde estão alguns dos arranha-céus mais altos do País. Os demais trechos ainda estão em definição.

O muro de concreto tem 2 metros de profundidade e uma laje inferior com 2 metros de largura. A base se apoia em uma estrutura de pedras do tipo rachão.

A barreira está sendo construída no limite entre a faixa de areia e a orla, que vai ganhar pista de corrida, ciclofaixa, paraciclos, dog parks, academias ao ar livre, quiosques, canchas de bocha, paisagismo e ampliação da área verde – serão 2,5 mil mudas de 26 espécies.

O investimento, incluindo mão de obra e materiais, será de R$ 31 milhões. A iluminação do trecho custará outros R$ 3,7 milhões. O prazo de conclusão é de 20 meses.

Engorda da faixa de areia

O alargamento da faixa de areia da Praia Central de Balneário Camboriú ocorreu em quatro fases ao longo de 2021. Entre março e julho, houve a mobilização da equipe e a montagem da tubulação. De julho a agosto, parte da tubulação foi transportada ao mar para se conectar ao navio-draga Galileo Galilei, responsável por trazer a areia da jazida a 15 km da costa.

Entre setembro e novembro, ocorreu o preenchimento e espalhamento da areia na praia. Já de novembro a dezembro, a obra foi finalizada com a desmobilização do canteiro e dos equipamentos.

Macrodrenagem

O município faz também uma obra de macrodrenagem para reduzir os alagamentos que se tornaram mais frequentes depois que a praia foi alargada. Ao custo de R$ 53 milhões, estão sendo instaladas galerias subterrâneas e extravasores de emergência. Quando as galerias não suportam o volume de água, os extravasores são acionados para escoar o excedente em períodos de fortes chuvas.

Os extravasores são estruturas que funcionam como válvulas de segurança. Eles liberam o excesso de água para evitar alagamentos, protegendo a cidade caso toda a rede de macrodrenagem alcance seu limite. Recentemente, a megaobra ultrapassou a marca de 1 km de galeria instalada, equivalente a mais de 2,1 mil aduelas já assentadas.

TÁ SABENDO?

BRASIL

PUBLICIDADE
© 2024 Nosso dia - Portal de Noticias